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“As Brasas”, do escritor húngaro Sándor Márai, ganha primeira adaptação brasileira para o teatro

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Consagrada obra do escritor húngaro Sándor Márai (1900-1989), “As Brasas” ganha sua primeira adaptação para os palcos brasileiros em uma montagem que marca a estreia de Duca Rachid – autora conhecida por diversos sucessos na televisão brasileira – na dramaturgia teatral. A ideia de adaptar o romance surgiu há quase dez anos, quando Duca e o também novelista e dramaturgo Júlio Fischer estavam trabalhando juntos e leram o livro.

Em seu primeiro trabalho no teatro, Duca Rachid enfrentou um grande desafio na adaptação de um prestigiado romance. “Quando li, de cara, pensei que daria uma peça incrível. O trabalho foi difícil porque o livro tem várias camadas. É um jeito de eu me aprofundar nessa linguagem, que exige outro tipo de imaginação. Quando você escreve para TV e para cinema, tem algo mais naturalista e imagético. Para o teatro, é muito mais abstrato”, diz.

Herson Capri e Genézio de Barros vivem, respectivamente, Henrik e Konrad, protagonistas de uma história visceral de amor e amizade, marcada pelo rancor e o ressentimento. Ainda meninos, eles se conheceram na escola militar, tornaram-se amigos inseparáveis e, ao longo dos anos, partilharam descobertas e experiências da infância, juventude e vida adulta. Eles não se veem há 41 anos, desde o dia em que Konrad desapareceu após uma caçada na floresta nos arredores do castelo de Henrik, em 1899, na Hungria. Entre os dois, há um segredo que ronda o dia da caçada e as lembranças de Kriztina – mulher de Henrik e amiga de infância de Konrad. Após quatro décadas, Henrik, agora general, recebe uma carta do amigo informando estar de volta à cidade, levando-o a se preparar para esse tão aguardado confronto final.

Fortemente presente no romance, a música foi transportada para a cena através da trilha original criada por Marcelo Alonso Neves. “Como, no livro, a música aparece relacionada aos personagens femininos, a violoncelista Nana Carneiro da Cunha vai executar a trilha ao vivo, no palco, e também dizer as falas femininas”, conta Pedro Brício. “É um livro sobre afetividade, memória e decadência. Um encontro muito íntimo entre dois amigos durante a II Guerra Mundial. Isso é muito interessante, esse contraponto entre o momento histórico, o cotidiano e as relações afetivas. É uma constatação de uma certa tristeza e uma decadência dessa dureza masculina”, analisa o diretor.

SERVIÇO
As Brasas
Temporada: de 7 a 30 de novembro – quarta e quinta, às 20h, e sexta, às 21h.
Local: Teatro das Artes – Shopping da Gávea (Rua Marquês de São Vicente 52)
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada).
Lotação: 418 lugares. Duração: 70 min. Recomendação etária: 12 anos. Gênero: drama.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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