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Filhos da Esperança: Um futuro distópico, sobre uma humanidade fraca e falha

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Do diretor mexicano, Alfonso Cuarón, Filhos da Esperança narra a história do personagem de Clive Owen, Theo, um ex-ativista político, desiludido com o atual estado do Reino Unido, que se tornou um regime altamente ditatorial e xenofóbico. Em 2027, a espécie humana sofre de uma onda crescente de infertilidade, colocando em risco a própria existência humana para o futuro. Entretanto, Theo acha uma esperança. Uma jovem negra que está grávida, e sob a proteção do grupo terrorista comandado pela ex-mulher de Theo, Julian (Julianne Moore).

O filme de Cuarón se destaca primorosamente em dois sentidos: direção fotográfica e roteiro. A direção transforma a cidade de Londres em um ambiente cinzento, sujo, totalmente deprimente. No terceiro ato, em uma grande cena de ação filmada em um plano sequência executado com maestria. O roteiro mostra bem como as pessoas se tornaram muito radicais, e como a falta de crianças modificou a humanidade. De maneira que quando o homem mais jovem do mundo morre repentinamente há uma comoção mundial, e quando o bebê de Kee (Clare-Hope Ashitey) nasce, ele consegue parar uma guerra só pelo fato das pessoas verem um bebê de verdade. O mundo se tornou algo sem esperança realmente, o governo oferece kits suicidas, as pessoas tratam imigrantes como lixo, a um abismo social gigantesco, separando literalmente a cidade. Tudo isso porque a humanidade tornou-se infértil, e é por isso que o filho de Kee é uma arma poderosíssima.

O elenco incrível também conta com Michael Caine, Chiwetel Ejiofor e Pam Ferris. Mesmo sendo um futuro distópico, o longa conta apenas com a humanidade fraca e falha, mas com esperança.

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