- Publicidade -

“Gisberta”, com Luis Lobianco, terá três únicas apresentações na Cidade das Artes

Publicado em:

Idealizado pelo ator Luis Lobianco, com direção de produção de Claudia Marques, texto de Rafael Souza-Ribeiro e direção de Renato Carrera, o espetáculo “Gisberta” mistura política, história, música, teatro, humor, poesia e ficção para falar de Gisberta, brasileira vítima da transfobia que teve morte trágica em 2006, no Porto, em Portugal. As apresentações na Cidade das Artes – Grande Sala, acontecerão nos dias 12, 13 e 14 de outubro, sexta e sábado, às 21h e domingo, às 19h, com ingressos a partir de 20 reais.

– O mundo passa por uma grande crise de identidade: o que somos essencialmente e onde podemos viver o que somos? Refugiados podem ser inteiros fora de seus territórios sem inspirarem ameaça? Há liberdade para identidade de gênero mesmo que se tenha nascido em um corpo de outro sexo? Gays podem se amar sem exposição à violência? A reação para o rompimento com padrões sociais é uma explosão de violência cotidiana sem precedentes. Quanto mais ódio, mais a afirmação da identidade se impõe. No ar a sensação de um grande embate mundial iminente – não tem mais como se esconder no armário. Ser livre ou servir à intolerância: eis a questão. – comenta Luis Lobianco.

Gisberta atravessou o oceano para buscar um território livre, mas morreu no fundo do poço, afogada em ódio e água. Na ocasião o caso ganhou destaque nas discussões sobre a transfobia em Portugal e Gisberta se tornou (e até hoje é) ícone na luta pela conscientização para uma erradicação dos crimes de ódio contra gays, lésbicas e transexuais. Em 2016, dez anos após a sua morte, Gisberta foi amplamente lembrada em Portugal por meio de inúmeras reportagens e, em 14 de fevereiro de 2017, Gisberta deu nome ao primeiro centro de apoio a população LGBT do norte de Portugal, “Centro Gis”, em Matosinhos, distrito do Porto.

– Já o Brasil, na contramão, é um dos países que mais comete crimes de transfobia e homofobia, números que não param de crescer junto com uma onda conservadora de intolerância com as diferenças. Se não conseguimos mudar as leis que não nos protegem, que a justiça seja feita no teatro, com música e luzes de Cabaré. Que venham as identidades de humor, gênero, drama, música, tragédia e redenção. O caso de Gisberta não é conhecido por aqui e decidi que Gisberta vai reviver a partir da arte e será amada pelo público. – afirma Lobianco.

Para contar a história de Gisberta, que é praticamente desconhecida no Brasil e que é também a história de tantas outras vítimas da transfobia, Luis Lobianco interpreta vários personagens (ele não interpreta Gisberta) com texto concebido a partir de relatos obtidos em contatos pessoais com a família de Gis, do processo judicial, de visitas ao local da tragédia e por onde Gisberta passou. De forma muito delicada, a peça transita entre dois gêneros: o humor, pois Gisberta era uma pessoa muito alegre e divertida, e o drama. Em cena, três músicos acompanham o ator: Lúcio Zandonadi (piano e voz), Danielly Sousa (flauta e voz), Rafael Bezerra (clarineta e voz).

– Gisberta não está em cena, o Luis Lobianco não interpreta a Gis, mas nós chegamos bem perto dela. – afirma o diretor Renato Carrera.

– Eu sou em cena o contador da história de Gisberta. Para que o público sinta a sua presença e ausência uso todos os recursos que posso para criar empatia a ponto de tê-la como alguém muito íntima, uma amiga querida. – conclui Luis Lobianco.

Serviço
“Gisberta” 
Local: Cidade das Artes – Grande Sala
Endereço: Av. das Américas, 5.300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Temporada: Dias 12, 13 e 14 de outubro de 2018, sexta e sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Ingressos:
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos
Drama musicado

Rota Cult
Rota Cult
Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
3.870 Seguidores
Seguir
- Publicidade -