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Nós do Morro apresenta projeto “Nós do Morro almoçando com arte” no Teatro Glauce Rocha

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Em comemoração aos seus 32 anos de atividades artísticas ininterruptas, completados em outubro, o grupo Nós do Morro estreia o projeto “Nós do Morro almoçando com arte”, dando sequência ao espetáculo “Encontros, 32 anos depois”, com 12 apresentações, no Teatro Glauce Rocha, Centro (RJ).

– Este projeto integra as ações comemorativas pela celebração do aniversário do Grupo. Além de comemorar sua trajetória, a proposta objetiva dar sequência à sua missão de democratização do acesso à arte, fomentando trabalhadores, estudantes e passantes em geral a usarem o intervalo do almoço não apenas para a alimentação, mas também para vivenciarem uma experiência artística – acrescenta Guti Fraga, diretor artístico e fundador do Nós do Morro.

O espetáculo é mais que emblemático, pois quando o Grupo foi fundado esta produção foi a primeira a ser apresentada em 1987, e tinha o nome de “Encontros”. Com argumentos preparados por Luís Paulo Corrêa e Castro, a história fala da vida dos adolescentes do Vidigal na década de 80, mostrando os principais pontos de encontro e reunião e os problemas enfrentados no cotidiano dos moradores de uma favela em plena “década perdida”.

– Revisitar esse texto é uma forma de celebrar, mas também um exercício de memória que possibilita nos voltarmos para nós mesmos e, ao retratar esses “Encontros”, 32 anos depois, percorremos a nossa própria história e nos fortalecemos no crescimento humano e na sensibilidade artística que nos construiu. Assim, o Grupo festeja a sua história e os inúmeros encontros que possibilitaram a sua consolidação, renovando a sua missão de atuar pela ampliação do acesso à arte e à cultura aos moradores das periferias cariocas – completa Guti.

– Antes de tudo, Encontros é uma celebração à vida desses jovens sonhadores que, impossibilitados de contar com políticas públicas que os ajudassem a ter acesso aos bens de produção cultural e a uma vida melhor, se viravam como podiam, fazendo do seu viver uma forma de expressão de uma geração que vivia à margem das benesses da sociedade de consumo e do mundo da “alta cultura” – fala Fraga.

A peça volta à cena em uma releitura assinada por Fabrício Santiago, com colaboração de Álamo Facó. O argumento é o mesmo e os conflitos permanecem, mas as situações foram adaptadas para o contexto atual, com a dinâmica de uma sociedade cada vez mais impactada pela globalização. A remontagem desse espetáculo é a prova de que a semente germinada com a criação do Nós do Morro frutificou, mostrando que a iniciativa idealizada por Guti Fraga, Fred Pinheiro, Luís Paulo Corrêa e Castro e Fernando Mello da Costa serviu de espelho para uma série de movimentos culturais criados em favelas e bairros da periferia, formando crianças, jovens e adultos e mostrando que a vida vivida na arte é muito mais bonita de ser vivida.

– Ainda criança, o maior sonho da minha vida era simplesmente conseguir viver da minha arte. E, ao ter a sorte de encontrar com a escola de teatro Nós do Morro, o meu sonho se tornou possível. Retornar ao grupo nesse momento como dramaturgo é um dos presentes mais especiais de toda minha trajetória – diz Fabrício Santiago, dramaturgo de “Encontros 32 anos depois”.

Apesar da diferença de 31 anos entre a primeira montagem e essa, a importância ainda é bastante latente na história, não somente do Nós do Morro, mas de tantas outras comunidades espalhadas pelo Rio de Janeiro e pelos demais estados brasileiros.
– O texto falava do cotidiano da favela, porque era importante que os moradores se reconhecessem e, através dessa experiência, vislumbrassem a vivência artística como algo próximo e tangível; atuando pela democratização do acesso à arte. Acreditávamos na possibilidade de aliar formação artística à responsabilidade social. Entendíamos o processo de criação artística como uma filosofia de vida, capaz de formar cidadãos atentos aos problemas do mundo e generosos com os outros. Então, remontar esse texto é uma forma de reafirmar que continuamos acreditando em tudo o que nos motivou desde o início. A nossa história nos mostra que o Grupo Nós do Morro é uma iniciativa que deu certo e, diante desses 32 anos, temos a certeza de que apenas começamos. Que venham os próximos 32 – salienta Fraga.

SERVIÇO
Teatro Glauce Rocha
Temporada: de 17 de outubro até 14 de novembro
24, 25, 26, 31/10 e 01, 07, 08, 09, 14, 21, 22 e 23/11
Exceto nos feriados dos dias 2 e 15 de novembro.
Dias: Quartas, quintas e sextas, sempre às 13h30
Endereço: Av. Rio Branco, 179 – Centro
Capacidade: 202 lugares
Entrada Franca
Classificação: 14 anos

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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