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Centro Cultural Justiça Federal inaugura exposição de Lígia Teixeira

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Fetiches, estereótipos, clichês, idealizações e simbolismos fazem parte do repertório do trabalho da artista visual Lígia Teixeira, que abre exposição no dia 5 de dezembro, quarta, no segundo andar do Centro Cultural da Justiça Federal. Sob a curadoria de Isabel Sanson Portella, “TEU LADO B É MEU LADO A– LUGAR DE FALA” instiga o espectador a decifrar e interpretar a imagética do desejo e suas pulsões em dez telas que têm como tema o imaginário que envolve as questões da sedução, do erotismo, da relação amorosa e do universo feminino, contextualizados sob um viés psicológico e social.

“Tenho interesse em analisar as diversas manifestações da representação do feminino na contemporaneidade, principalmente na mídia, lugar por excelência da formação de uma concepção ideológica da condição da mulher na sociedade. Somos bombardeados pela propaganda desenfreada e inescrupulosa, e também é meu foco a questão da violência simbólica de gênero a nos submeter a constrangimentos diários impostos pelas representações sociais de gênero”, afirma a artista.

“O lugar de fala reverbera como uma única voz em defesa das minorias dando um viés político contundente neste momento tão conturbado que estamos vivendo”, finaliza.

A gênese do processo criativo de Lígia Teixeira se dá na apropriação de imagens do cotidiano colhidas na internet, jornais e revistas. Sob a aparente banalidade dos assuntos, contrapondo situações aparentemente desconexas, invertendo os papéis sociais do homem e da mulher, cotejando situações de dor e prazer, tragédia e felicidade, desconstruindo clichês e estereótipos, Lígia procura “ressignificar” essas imagens, induzindo o espectador a novos questionamentos e indagações não só no plano intelectual como no do simbólico.

“Ligia Teixeira expõe a dor da mulher e sua necessidade imperiosa de resistir à violência, à força brutal de uma sociedade que insiste em apagar sua presença. Camuflar a existência para sobreviver. Disfarçar toda sua essência para garantir um lugar, mesmo que à sombra. Nas telas, as imagens construídas a partir da dura realidade refletem uma leitura bastante apurada da condição feminina no século XXI. É fundamental saber o lugar de onde falam as mulheres para pensarmos as hierarquias, as questões das desigualdades, da pobreza, do racismo, do sexismo. A artista traz a mulher negra, pobre, com o filho nos braços, lutando contra a violência nas comunidades, mas também aquela, de classe média, que sofre abusos de autoridades machistas e igualmente violentas”, avalia Isabel Sanson Portella, curadora.

SERVIÇO
TEU LADO B É MEU LADO A – LUGAR DE FALA
Visitação: de 6/12/2018 a 3/2/2019
Centro Cultural Justiça Federal – 2º andar (Av. Rio Branco, 241 – Centro)
Horário: terça a domingo, das 12h às 19h
Entrada franca
Classificação: livre.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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