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MARY SHELLEY: CINEBIOGRAFIA DA AUTORA DE FRANKENSTEIN CHEGA À NETFLIX

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Quando uma história se torna um clássico, um ícone, sua imagem geralmente se sobrepõe a de seu criador, em especial quando a mente por trás da obra é a de uma mulher. Assim, o longa biográfico Mary Shelley busca dar visibilidade à idealizadora da trama de ficção científica de horror mais famosa da História ao mostrar a vida da jovem à frente de seu tempo que utilizou seus anseios, frustrações e sua raiva para criar o monstro mais retratado do cinema.

Roteirizado por Emma Jensen e dirigido por Haifaa Al Mansour, o filme vai além de simplesmente contar a história de sua biografada. A presença feminina nos bastidores do projeto foi essencial para que a produção tivesse o tom certo, uma vez que representatividade e machismo são tópicos que permearam a vida da escritora, que não apenas levou muito tempo para ser considerada um grande nome da Literatura, mas também para ser reconhecida como autora de sua própria obra.

Desta forma, a trama se passa na Inglaterra do século XIX e acompanha a jovem Mary Wollstonecraft Godwin (Elle Fanning), que após ser expulsa de casa por se envolver com o poeta Percy Shelley (Douglas Booth), passa a viver com o marido uma vida cercada pela boemia artística e nomes proeminentes das Letras, como Lord Byron (Tom Sturridge). Porém, seu ímpeto por liberdade e autonomia não se encaixavam na sociedade da época, o que criou a sensação de solidão, abandono, desajuste e raiva.

Assim, utilizando estes sentimentos que a atormentavam, Mary Shelley uniu as peças de seu Monstro de Frankenstein e escreveu uma das tramas mais icônicas da História. No entanto, o caminho entre criação, publicação e reconhecimento exigiu da escritora a coragem que a condenava em seu tempo. Além de ser recusada por várias editoras – por duvidarem de sua autoria ou por acharem aquele enredo muito sombrio para uma jovem dama -, Mary foi obrigada a aceitar que a primeira edição de seu livro tivesse uma introdução de seu marido, o que fez com que, na época, muitos acreditassem que ele era o autor.

Portanto, a cinebiografia sobre Mary Shelley é não apenas uma história interessante com elenco, roteiro e direção primorosos, mas também uma forma de corrigir uma injustiça histórica que, volta e meia, ainda acontece nos dias de hoje e mostrar que foram justamente todas as vontades, características e atitudes que fizeram com que a jovem escritora fosse desacreditada, ignorada e ocultada em sua época que a transformaram em uma figura icônica, celebrada e reverenciada da Literatura e da Cultura Pop.

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