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Morre João Gilberto, pai da Bossa Nova, aos 88 anos

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O dia estava frio e cinza hoje no Rio para se despedir do gênio João Gilberto. É saudade que não chega. Ele que foi um dos maiores ícones da música, considerado o pai da Bossa Nova, fez o mundo olhar com atenção para a musicalidade brasileira nos anos 60.

O baiano, com seu jeito de cantar baixinho e doce, conquistou a todos com “Chega de Saudade”, composição de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, que apresentava a Bossa Nova, algo que era totalmente inovador e diferente dos ritmos de até então.

Em 1962 apresentou-se no Festival da Bossa Nova, no Carnegie Hall de Nova York, onde grandes nomes do jazz foram ver de perto João Gilberto como Tom Jobim, Roberto Menescal, Carlos Lyra e  Sérgio Mendes.  Recebeu o Grammy na categoria melhor álbum, em 1965, pelo disco “Garota de Ipanema”, em 2000 na categoria Melhor Álbum de World Music, além de ter sido incluído no Hall da Fama com as canções “Chega de Saudade”, “Garota de Ipanema” e “Desafinado”.

Responsável por uma verdadeira revolução musical, uma revolução suave que mudou radicalmente a cena cultural do Brasil, João Gilberto tinha um estilo particular de tocar violão, que influenciou muitas personalidades, como Gal Costa, Toquinho e Caetano Veloso.

Sua voz melódica e delicada marcou muitas gerações, se fazendo eterno, por tamanha genialidade. O jornalista e crítico musical Nelson Motta, ao se despedir, diz que o cantor e compositor foi o maior artista que conheceu em sua vida. Relebrou o tamanho do seu legado ao transformar o Jazz americano e musicas do mundo inteiro.

Juliana Meneses
Juliana Meneses
Jornalista, pesquisadora de comunicação, fotógrafa e escritora. Apaixonada por literatura, cinema, teatro, música e fotografia. Viciada em café e livros, nasceu para escrever e viver cercada de histórias.

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