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Histórias Assustadoras para Contar no Escuro se inspira em Goosebumps

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Fazer histórias de horror para crianças sempre foi um desafio, ainda mais no cinema, porque um dos recursos mais usados no horror é o gore, ou seja a violência, ou também o demoníaco. Isso pode causar situações muito pesadas para público juvenil. Alvin Schwartz escreveu Histórias Assustadoras para Contar no Escuro exatamente para o público mais novo, sua narrativa orienta ao leitor em como ele deve contar as histórias, típicas histórias que se contam ao redor de fogueiras no meio da noite. O gênio do horror fantástico, Guilhermo Del Toro, viu nos contos de Alvin o seu próprio estilo, com fantasmas e criaturas onde sua imaginação poderia fantasiar livremente, agindo diretamente como produtor do filme.

O início do longa remete bastante a série da Netflix, Stranger Things, muito por conta da configuração do grupo de amigos e também pelos eventos que se parecem em uma pequena cidade com mistérios durante o final do ano de 1960. O início do filme, onde os personagens são apresentados, é bem arrastado (e a parte mais chata de tudo). Quando os eventos sobrenaturais acontecem de fato, a trama se desenvolve de maneira até interessante, apesar de ser inteiramente clichê. Os monstros que aparecem tem claramente a estética de Del Toro, em especial, o fantasma que o centro de tudo. A atuação do grupo, Stella (Zoe Colletti), Ramón (Michael Garza), Auggie (Gabriel Rush) e Chuck (Austin Zajur), tem uma dinâmica agradável, assim como Stranger Things.

Agora, o probleminha que a obra tem é que levaram a parte do escuro a sério demais, porque a fotografia é realmente muito escura. Em determinada cena as crianças estão de frente para a casa mal assombrada, mas que poderia ser qualquer coisa no meio daquela escuridão. Se falassem que eram as pedras de Stone Edge seria possível, já que não dava pra ver nada. As partes técnicas são de fato as maiores fraquezas deste longa, além da escuridão, há uma péssima configuração de cores (em uma cena tudo fica muito claro e amarelo, em outro fico tudo num escuro azulado chapado, o que só perde a profundidade).

A trilha sonora não ajuda em nada, ela tenta criar o clima do terror, mas são com coisas comuns que nunca vão causar medo. Outro aspecto sem nenhum nexo com a trama é a constante citação na eleição de Richard Nixon como presidente dos EUA, lógico que Nixon foi um terror, mas não cabe neste filme sua constante presença.

O filme em si remete o horror da série de TV, Goosebumps, transmitida entre 1995 e 1998, que também era de terror infanto-juvenil. É claro que as falhas técnicas de Histórias Assustadoras para se Contar no Escuro prejudicam a experiência do expectador mais maduro e analítico, mas como o livro base, o público são os jovens, e nesse caso eles conseguiram fazer algo até divertido para esse tipo de público.

 

 

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