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Meu Amigo Enzo – Adaptação tem boas intenções, mas falha na execução

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Filmes com animais sempre fizeram sucesso, principalmente entre famílias, basta relembrar de um dos reis da Sessão da Tarde, como Beethoven e a lendária Lassie. Quando o livro “Marley e Eu” foi adaptado para o cinema, trazendo um tom dramático, ao invés de retratar apenas uma aventura entre o cão e sua família. Um estilo que se repetiu várias e várias vezes, como também em Quatro Vidas de Um Cachorro (que inclusive tem uma trama parecida com Meu Amigo Enzo, na questão de reencarnação) trouxe a narrativa dentro da perspectiva do cachorro. Assim é, Meu Amigo Enzo,  um compilado de estilos de seus antecessores.

Enzo é um simpático Golden Retriever que foi adotado por Danny (Milo Ventimiglia, ou também conhecido como “filho do Rocky Balboa”), ambos se tornam grandes amigos, dividindo uma paixão por corridas de carros, em especial de Fórmula 1. O tempo passa e pessoas chegam a vida dos dois, como Eve (Amanda Seyfried), que tem um tensão com Enzo no início, mas logo criam amor um pelo outro também. Os três criam uma família digna de um comercial de manteiga, porém com todas a dificuldades do mundo real.

Enzo é dublado por Kevin Costner, que narra o filme inteiro, sendo até repetitivo, essa constante narração em off é o maior ponto negativo do longa. O roteiro de Mark Bomback é baseado no romance premiado de Garth Stein, logo de cara se percebe que esse tipo de história e narrativa combina muito mais com a mídia escrita do que em audiovisual.

Tanto o roteiro, quanto a direção de Simon Curtis, possuem um tom monótono mesmo com a boa intenção do longa. Existem cenas legais, principalmente nas cenas de corridas, que são as partes mais empolgantes do filme, inclusive as várias reverências ao herói nacional, Ayrton Senna, tricampeão mundial de Fórmula 1. Essa monotonia  reflete também na atuação do elenco, o que é uma pena, porque Amanda e Milo são atores muito carismáticos, porém parece que o tempo todo, eles estão no piloto automático. E, temos que concordar, a voz do Sr. Costner não é a mais empolgante que existe, ficaria excelente narrando um audiobook, mas em um filme só ficou chato.

Sendo sincero, filmes de cachorro são uma covardia, por que eles agradam só por terem um animalzinho fofo como personagem. Meu Amigo Enzo é o drama bem humorado enlatado que faz mães na meia idade chorarem abraçando seus cães.

 

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