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Segunda temporada de “O mundo sombrio de Sabrina” é uma crítica voraz a sociedade machista

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A segunda temporada de “O mundo sombrio de Sabrina” conta com uma mudança de fase da personagem principal, após assinar o livro da besta para ter o poder necessário para livrar a cidade das 13 bruxas de Greendale e impedir o ataque do Anjo Vermelho da Morte, ela agora assim como todos que já assinaram o livro, também é uma serva de Satã.

Sabrina tem cada dia mais poder, sem saber ao certo o motivo disso, ela se rebela contra todos os preconceitos e sexismos impostos pelo sumo sacerdote Blackwood, que pretende submeter à comunidade a novas regras que colocariam as bruxas como cidadãs de segunda classe. O sacerdote fica incomodado com o modo que Sabrina o confronta constantemente, e enxerga nela uma perigosa rival, não apenas por sua potência bruxa, mas por suas opiniões firmes e posicionamento em defender o que julga ser certo.

A personagem Mary Wardwell também tem sua função na série mais evidenciada, nessa temporada sua identidade ganha outro contorno, mostrando a afinidade que ela tinha desde o início com o Lord das Trevas e o como essa relação se tornou tóxica e de dominação. A amizade de Sabrina se fortalece com Susie e Rosalind, além de seu relacionamento com Nicholas ser um forte gancho para a próxima temporada.

A nova temporada da série é uma crítica voraz a sociedade machista, retrógrada e conservadora. O próprio diabo é representação do homem branco com ego frágil que pensa que pode controlar o mundo sem nunca ser desafiado. Essa temporada deixou claro que seja aqui, ou seja, no inferno é a hora do matriarcado.

Juliana Meneses
Juliana Meneses
Jornalista, pesquisadora de comunicação, fotógrafa e escritora. Apaixonada por literatura, cinema, teatro, música e fotografia. Viciada em café e livros, nasceu para escrever e viver cercada de histórias.

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