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Festival Arte Core chega ao MAM Rio

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Nos dias 12 e 13 de outubro de 2019, das 10h às 22h, arte, som e movimento estarão novamente reunidos no MAM Rio na sétima edição do festival Arte Core. O evento vai apresentar trabalhos de diferentes regiões do Brasil com temáticas que valorizam a pluralidade. Nos dois dias, manifestações artísticas ocuparão os pilotis, os jardins e a cinemateca do Museu. O público de todas as idades poderá acompanhar a programação gratuita, com exibições de painéis de artes visuais e instalações inéditas, oficinas lúdicas e educativas, shows, DJs, debates, praça de alimentação com food trucks, pista de skate e muito mais.

Nesta edição, 12 artistas vão apresentar seus trabalhos nos jardins do MAM Rio. A curadoria buscou mesclar diferentes técnicas, estilos e linguagens, focando na descentralização. “Para a curadoria busquei um olhar mais sensível, absorvendo antigas características do festival a fim de potencializa-las. A ideia era criar um conceito capaz de envolver o público nos trabalhos apresentados, mostrando não apenas a beleza pré-estabelecida, mas o que está por trás das obras. Chamaram a atenção artistas que trabalham com temas plurais, que valorizam as heranças e o regionalismo, com estéticas que não se revelam de imediato”, explica o curador artístico Pedro Henrique Rodrigues.

A sétima edição do Arte Core terá a participação de três mineiros: Fábio Baroli, de Uberaba, mostra uma série inédita sobre a América Latina; de Belo Horizonte, Gabriel Dias reflete sobre a natureza e conexões adaptáveis; enquanto Priscila Amoni, que pintou um dos mais altos murais da América Latina, revela a relação do poder feminino com as plantas. A baiana Helen Salomão apresenta o empoderamento de homens e mulheres negros. De Fortaleza, o coletivo Uinverso, formado por Nadiuska e Priscila Furtado, estuda formas, cores e materiais. O goiano Wes Gama destaca o regionalismo, a cultura brasileira e os indígenas. Do Rio de Janeiro, Wallace Pato mistura realismo e expressionismo, valorizando o povo nordestino; enquanto as paisagens abstratas de memórias aquático-urbanas de Ana Almeida, exibidas no Instituto Tomie Ohtake, serão vistas pela primeira vez na cidade carioca. De São Paulo, Diego Mouro apresenta o resgate da ancestralidade, e Pegge, as vivências do jovem negro periférico. O evento terá ainda a presença de Rajni Pereira, natural do Sri Lanka, que vem de Toronto e explora questões híbridas, etnográficas, de gênero e sexualidade.

O espaço contará também com uma instalação de Kelson, artista que participou do clipe “Bluesman”, de Baco Exu do Blues, premiado no festival Cannes Lions, que apresentará o projeto CUIDADO COM NEGUIN que busca refletir acerca da violência contra os negros. Já o artista carioca Bruno Lyfe, vai ocupar os jardins com pipas que carregam seus personagens, convidando o público a participar. Luna Bastos fará um live painting em uma tampa de caneta BIC gigante, e Akasha, que busca o renascimento de sonhos, futuros, possibilidades e perspectivas para corpos negros, LGBTQI+. O coletivo fará duas performances artísticas e abrirá o show de sábado.

A Converse, em parceria com o Of Color, promove dois espaços de encontros para o público. Na cinemateca, um dos principais palcos do festival este ano, será possível conferir diálogos e mostras de vídeos escolhidos pelos cariocas da Of Color. Já nos jardins do Museu, o programa Apneia apresenta um bate papo transmitido ao vivo que mergulha na trajetória de jovens artistas e criativos que têm se destacado no cenário nacional No Espaço BIC, o público confere oficinas de upcycling com a Nata Família, de lettering com Agatha de Faveri e de ilustração com Dolores Esos. E ainda com o Grupo Trovoa, que apresenta uma abordagem mais lúdica com laboratórios de arte abstrata e propõe uma roda de conversas para que o público compartilhe suas vivências, processos de criação, desafios e perspectivas. Haverá um encontro para mulheres racializadas falarem sobre arte e exercitarem práticas.

Já a Galeria Escafandro buscou artistas que quebram paradigmas estéticos. Elvis Almeida, Miguel Afa, Renan Aguena, Teodora Ava e Vitória Cribb refletem sobre o desejo de se desvencilhar do enquadramento homogeneizado da subjetividade periférica. E a Galeria Arte Com BIC apresenta o trabalho de Roberto Bieto, Clara Veiga e Jailson Belfort, artistas que utilizam caneta nas obras.

A partir das 17h, o palco do Arte Core recebe as atrações musicais selecionadas por Daniel Tamenpi (Só Pedrada Musical), curador, jornalista e DJ, que se apresenta nos dois dias. Além dele, no sábado tocam o DJs Bruno X + b.boys, Tamy e BNegao Bota Som e o show fica por conta do rap futurista do multidisciplinar Edgar. No domingo, MBGroove, Tata Ogan e Marcelinho da Lua & Tranquilo Soundz assumem as carrapetas e é a vez do pianista recifense Amaro Freitas que une jazz e cultura popular nordestina apresentar seu trabalho.

“O festival é ainda mais importante nesse momento em que vivemos, contrário à arte, mostrando que o Rio ainda é um palco de resistência nos movimentos artísticos do Brasil. O Arte Core é um evento gratuito, democrático, livre. Ficamos muito felizes em chegar à sétima edição, buscando evoluir a cada ano e mostrar que é possível fazer cultura gratuita e democrática no Brasil, mesmo nesses tempos sombrios”, avalia o diretor geral Paulo Paiva Tassinari.

Serviço:
Arte Core
Data: 12 e 13 de outubro de 2019
Horário de visitação: Das 10h às 22h
Endereço: MAM Rio (Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo)

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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