Televisão brasileira perde dois grandes nomes

Por Tatiane Alves

O ano de 2019 é sem dúvidas, um ano de grandes perdas no cenário artístico. Nesta noite de domingo, 27, faleceu aos 64 anos, em decorrência de um aneurisma, o diretor Jorge Fernando. Ele estava internado numa unidade hospitalar da Rede D’or. Segundo informações, o corpo será velado amanhã, 29, no Cemitério do Caju, no Rio e será aberto ao público das 8h às 10h.

Conhecido por sua alegria, Jorge Fernando foi aclamado através das redes sociais, muitos artistas se despediram dessa grande figura da televisão que começou sua carreira na década de 70. Entre novelas, minisséries e seriados, ele dirigiu ao todo, 34 produções.

Ainda neste mês, faleceu em casa, aos 88 anos, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o diretor Maurício Sherman. Sua morte foi provocada devido à complicação de uma doença crônica nos rins.

Foram 68 anos de carreira na televisão que começou no teatro. No entanto, foi na televisão que ele consolidou a sua trajetória. Fez parte da história da televisão brasileira desde o seu surgimento em 1951. Ao longo de sua jornada, atuou em diversas emissoras, como Tupi, Excelsior, Manchete, Bandeirantes e Globo. Um profissional fundamental na carreira de muitos artistas.  Um desses artistas que teve sua carreira transformada pela presença de Sherman é o ator Anselmo Vasconcelos, que relembra, “Conheci o Sherman nos anos 70. Naquela época, ele já era uma figura imponente. Um dos pilares da modernização da comunicação televisiva. Mas se tem uma ocasião que jamais vou me esquecer, foi enquanto ele dirigia o Zorra Total. Eu estava me preparando no camarim quando ele me olhou e disse que eu viveria o ex-presidente Jânio Quadros… Disse queria ver o meu brilhantismo em cena. Gravamos de primeira e ele me fez um elogio. Disse que eu tinha ido muito além do que ele esperava e, sem dúvidas, isso me marcou muito”, conta.

Entre os seus feitos, estão à participação na criação do “Fantástico”, além de programas humorísticos, como “Faça Humor, Não Faça Guerra”, “Os Trapalhões” e os programas de Chico Anysio.