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A Garota que Conquistou o Tempo: Anime traz nova perspetiva sobre o tempo

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Existe duas formas de viagem no tempo que conhecemos, uma delas é a o tempo cíclico que não pode ser alterado e tudo já está predeterminado sob certa visão, é a visão da série Outlander sobre o tempo. Já a outra é como acontece em De Volta Para o Futuro, onde temos a linearidade do tempo, se você mudar o passado acaba mudando o futuro, o famoso efeito borboleta, que também dá nome de um filme que explora esse tipo de viagem temporal. Em A Garota que Conquistou o Tempo, Makoto descobre que consegue “saltar no tempo”, ou seja, ela é capaz de controlar o tempo, mesmo que no filme ela não tenha conhecimento completo disso, ainda assim torna-se capaz de voltar no tempo. Com esse poder, ela faz o que todo mundo faria, reparar pequenos problemas do dia a dia, só que isso tem consequências.

Baseado na obra de Yasutaka Tsutsui, o filme consegue lidar com essas questões de efeito borboleta de forma muito leve, e que vão se agravando em cada salto temporal. A comédia usada é mais clássica dos animes, o estilo da comédia corporal, de tombos e expressões exageradas.  O roteiro consegue de maneira magistral ser doce e ir aos poucos inserindo elementos dramáticos que ficam pesados a partir do terceiro ato, são as consequências tomando forma. É muito interessante que ao invés de optar por grandiosidades da viagem no tempo, como em De Volta Para o Futuro, o longa escolhe o ordinário, a possibilidade de só tornar o dia a dia mais fácil de lidar.

A animação quando em planos fechados é de qualidade, mas quando a câmera abre e muitas pessoas ficam juntas, as vezes, a qualidade cai, consideravelmente. Parece também que o brilho está estourado, reduzindo o contraste das cores, criando a ilusão do Sol forte e chegada do verão, que tem importância na trama. É admirável como A Garota que Conquistou o Tempo possa ser uma animação tão agradável, e tensa quando necessário. Mesmo sem extrapolar, podemos entender que a vida é uma só e de uma forma ou de outra, temos que lidar com as consequências de nossas ações.

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