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A história das Animações Disney – Entenda porque a Walt Disney Productions se tornou hoje um dos maiores estúdios do mundo.

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Várias críticas a Disney são possíveis de serem feitas (monopólio e controle criativo, são exemplos), contudo uma coisa é inegável em todo história da produtora: seu zelo técnicas de animações impecáveis. Lógico que podemos achar falhas e deslizes nas histórias e roteiros dos filmes, mas quem já criticou a animação em si, a arte do estilo Disney. Antes de falarmos sobre os filmes, temos que comentar um técnica chamada Rotoscópia, que se utiliza um instrumento (o rotoscópio) para colocar efeitos especiais em filmes. Desenhando um objeto, uma silhueta (conhecida como matte) pode ser criada e usada para criar um espaço vazio no fundo da cena. Isso permite que objetos sejam colocados nesta cena. De qualquer forma, esta técnica foi largamente substituída pela técnica de Chroma key. Essa técnica foi usada efetivamente em inúmeras animações que ficaram consagradas como clássicos.

Os Primogênitos
O filme A Branca de Neve e os Sete Anões foi criado baseado na obra dos Irmãos Grimm (que criaram quase todos os contos de fadas conhecidos do público). Quando Walt Disney anunciou no The New York Times que estava produzindo seu primeiro longa-metragem gerou expectativas imensas. Na década de 1930, os curtas de Mickey, e as Silly Simphonys Disney eram conhecidos em todos os EUA e no mundo também. Em 21 de dezembro de 1937, Branca de Neve foi levada aos cinemas, superando tudo que se esperava, inclusive ganhando na 11° edição do Oscar, um prêmio honorário e uma indicação a Melhor Banda Sonora. Um fato curioso sobre o prêmio que Walt ganhou é que ele consistia de 8 estátuas, 7 pequenas e uma de tamanho normal, em clara homenagem ao desenho. Branca de Neve e os Sete Anões teve um custo de quase 1 milhão e meio de dólares. No lançamento original arrecadou mais de 7 milhões, no relançamento mundial conseguiu quase meio bilhão de dólares.

Em 1940, Pinóquio foi o segundo longa do estúdio, que trazia técnicas novos como zoom. Até em então, o zoom como conhecemos em animações era complicado, pois manter a aproximação fluída e contínua precisava de mais trabalho e tempo. Depois que Norm Ferguson apresentou a Walt Disney o livro de Carlo Callodi, “As Aventuras de Pinóquio”, a mente astuta de Disney começou a trabalhar. Diferente da concepção que temos hoje, a mente de Walt Disney é a de um desenhista, o que ele nunca foi, agindo praticamente como mente criativa e na produção. Inicialmente, Ollie Johnston e Frank Thomas foram os escolhidos para desenvolver o design de Pinóquio. Eles criaram um boneco de madeira com um nariz longo e pontuado, muito parecido com marionetes tradicionais, porém não agradou muito Walt. Foi necessário que Fred Moore assumisse o projeto, redefinindo completamente o desenho do personagem. O filme Pinóquio arrecadou mais do que o quíntuplo do valor que Branca de Neve. Assim a carreira de Disney como animador de cinema foi consolidada.

Desde o início de sua carreira, Walt Disney queria fazer algo grande, maior que tudo, algo que seria rico culturalmente, assim nasceu Fantasia. Até o momento está era a maior produção da história do estúdio, tendo mais de 70 milhões arrecadação, e se tornando a 22° maior bilheteria de um filme (quando ajustada a inflação).

O objetivo era pegar obras de compositores aclamados como Bach, Schubert, Beethoven, e Tchaivosky, além de outros tão grandes quanto, e as animando com a criatividade Disney. Uma delas, Aprendiz de Feiticeiro, de Paul Dukas, se tornou uma das imagens mais conhecidas e poderosas de Mickey Mouse. Outros segmentos do longa metragem ficaram famosos como A Dança das Horas de Ponchielli e Uma Noite no Monte Calvo de Mussorgsky, ambas são referenciadas até hoje pela Walt Disney Company, em tudo que fazem. Mesmo colocando seu estilo de desenho, e técnicas de animação, Fantasia acabou se tornando uma obra muito mais para adultos, por ter segmentos de estilo realista, e menos cartunesco. Porém foi esquecida no tempo, e poucas pessoas ainda se lembram dela. Apenas em 2000, Roy B. Disney, sobrinho de Walt, conseguiu emplacar a sequência chamada de Fantasia 2000.

Salvos por um elefante
Quando olhamos o faturamento de Pinóquio e Fantasia é óbvio que eles foram um sucesso, um arrecadou mais de 38 milhões, e o outro 70 milhões, lucros grandes, certo? Errado. Um coisa tornou os dois serem consideradas um fracasso, um evento chamado Segunda Guerra Mundial. Em plena guerra, era difícil conseguir lucros, e também uma imensa greve de animadores estava em curso. Foi ai que a ideia de Dumbo surgiu.

Por se tratar de um filme feito para recuperar as perdas financeiras do estúdio, Walt Disney (que não esteve presente durante o projeto por conta de missões diplomáticas) exigiu que Dumbo fosse produzido da forma mais simples e econômica possível e que tivesse potencial suficiente para se tornar um sucesso de bilheteria. Como resultado, o longa-metragem é um dos mais curtos da Disney, com apenas 64 minutos e não apresenta o mesmo aprimoramento técnico de seus antecessores. Se colocarmos Branca de Neve e Dumbo lado a lado fica clara a diferença e superioridade do primeiro. Na colorização, timing, e até na animação dos quadros. Apesar disso, obteve uma ótima arrecadação e conseguiu reerguer a Disney financeiramente, tornando-se um dos maiores sucessos do estúdio na década de 1940 e uma de suas produções mais celebradas até hoje.

A transição para o Séc. XXI
Por mais de 60 anos, a Walt Disney Pictures lançou filmes em 2D que ficaram eternamente gravados ma história do cinema (Bela e a Fera, Pequena Sereia, Cinderela, Rei Leão, Aladdin entre outros).

Em 2000 houve uma experiência da estúdio para testar a animação por computador com Dinossauro, sempre lembrando que estamos falando da Walt Disney Studios, a Pixar (apesar de ser da Walt Disney Company) é um estúdio diferente. A premissa era fazer um filme realista sobre dinossauros numa forma mais romanceada, portanto uma animação bidimensional poderia mostrar limites para esse realismo desejado.

Os animadores tinham conhecimento de que se tudo fosse computadorizado, o realismo iria por água a baixo, então foi decidido algo muito comum hoje, usar cenários reais. A maior parte dos cenários do longa foram gravados na Venezuela, depois foram inseridos os personagens animados. Dinossauro foi um sucesso completo no mundo (inclusive Brasil, nas vozes de Fábio Assunção, Malu Mader, Hebe Camargo e Nair Bello), e quinta maior bilheteria dos anos 2000.

Por sete anos, a Disney continuou criando filmes de animações tradicionais, volta e meio lançando algum com animação 3D (como A Família do Futuro e Bolt: O Supercão), mas a carro-chefe ainda eram os 2D. A Princesa e o Sapo foi lançado em 2007, e acabou sendo o último filme de animação 2D da Walt Disney Studios.

A Reino Mágico de hoje
Desde Enrolados (2010) até Frozen 2 (2019), a Walt Disney productions tem se mostrado impecável em sua técnica, ainda mais agora com os live actions, considerando a qualidade realista gigantes de O Rei Leão (2019). Por quase 80 anos, essa empresa se tornou cada vez maior e poderosa, mais continuou seu caminho como criadora de desenhos e de experiências mágicas. Afinal de contas, desenhos não tem limite de qualidade, só o esforço. Frozen 2 estreará no Brasil em 2 de janeiro de 2020.

Imagens: reprodução da Internet

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