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His Dark Materials – Nova fantasia da HBO começa com marcha lenta

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A trilogia de Phillip Pulman, His Dark Materials, ou Fronteiras do Universo na tradução brasileira, é uma das obras de maior sucesso no Reino Unido, sendo tão grande quanto Senhor dos Anéis. A obra de Tolkien teve sorte de ser adaptada para o cinema em três excelentes filmes. Enquanto His Dark Materials caiu em um filme de fracasso, A Bússola de Ouro, título homônimo ao primeiro livro da trilogia, apesar do elenco de peso, o filme caiu no esquecimento, sendo realmente muito fraco. Em parceria com a HBO, a BBC decidiu criar uma série sobre essa saga tão incrível é profunda.

A primeira temporada de His Dark Materials tenta ser muito fiel ao material original, tão fiel que pegou até o mesmo ritmo lento do primeiro livro. Os quatro primeiros episódios são muito parados, até chatos, mas é assim porque existe a necessidade de explicar sobre este novo mundo, onde está uma das protagonistas, Lyra Belacqua, interpretada por Dafne Keen. Algumas explicações são meio que fracas a princípio, como a relação entre as pessoas e seus daemons. Nesse mundo de Lyra a alma das pessoas vivem fora de seus corpos em formas animais que representam sua verdadeira natureza. Com a passagem dos episódios a série vai se encontrando, se aprofundando e mostrando que é mais do que uma fantasia comum.

O roteiro adaptado de Jack Thorne acaba tendo algumas escolhas questionáveis, mas que podem ser compreendidas no sentido de que há necessidade de mostrar todos os personagens de uma vez. Assim que o personagem de Amir Wilson, Will, apareceu  deiou os fãs receosos, já os que conheceram a série agora ficaram perdidos, sendo que apenas no último episódio, entendemos que ele é o outro protagonista da série, e tão importante quanto Lyra.

Outra decisão questionável foi a escolha de James Cosmo como Farder Coram, que nos livros é representado como uma figura anciã de sabedoria, frágil fisicamente, o oposto a Cosmo. Contudo, a atuação dele é tão forte, assim como seu carisma, que esse detalhe é perdoado. No restante, todo o elenco está entregando um trabalho excelente, em especial Ruth Wilson como Sra. Coulter, e James McAvoy como a Lorde Asriel. Ambos representam personagens complexos que em parte são detestáveis, mas também são cativantes.

A série parece ter começado meio tímida, e pouco a pouco a fotografia vai se ampliando, mostrando a grandiosidade dessa fantasia, os efeitos especiais também vão melhorando. E quando chegamos ao último episódio da temporada, o melhor de todos, a série mostra que pode ser épica, dramática, e linda. Muita coisa ainda falta para completarmos essa saga magnífica, mesmo que já tenham explicável levemente o que é o Pó, um dos mistérios da série. Se His Dark Materials continuar com essa fidelidade ao material original, tem tudo pra dar certo.

foto: divulgação HBO

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