Klaus: Conto natalino se torna uma das melhores animações do catálogo Netflix

Várias histórias contam a origem do Papai Noel. Em uma, ele era um bebê criado pelas fadas e duendes, outra a cargo passa para várias pessoas através das Eras. Contudo, Klaus é a melhor origem de todas as feitas até hoje.

Jasper (Jason Schwartzman) é o filho mimado do dono da companhia real de correios, seu pai, exausto da soberba do filho, o manda ser carteiro em uma cidade no fim do mundo. Se ele conseguir entregar 6 mil cartas, pode voltar pra sua vida de luxo. Lá ele descobre que a cidade é dívida entre dois clãs que se odeiam a tanto tempo que nem se lembram o porquê mais. Jasper vai descobrir que um ação pode gerar uma reação de gentileza, que pode mudar tudo.

Este filme é tão incrível em seus elementos, técnicos e simbólicos. A animação foi produzida pelo estúdio espanhol SPA, e que primor técnico eles tiveram. No primeiro olhar, Klaus parece ser uma animação tridimensional (como Frozen, por exemplo) de baixa qualidade, contudo ela na verdade é uma animação 2D tão bem feita que a profundidade criada causa o efeito. Sem falar na qualidade da palheta de cores, e no design dos personagens que tem um estilo muito próprio.

A história foi feita por Sergio Pablo, que também trabalha como co-diretor, é tão bem feita que é pura beleza e encanto. O que motoriza a corrente de ações do filme e também traz a moral de história é o conflito de interesses dentro do ato de dar presentes de Papai Noel. Se você for bonzinho você ganha presentes, ou seja, você não está fazendo o certo, mas sim, por interesse. Isso é muito bem feito através de Jasper, que começa como um personagem detestável. E em contra ponto tem o Sr. Noel (J.K. Simmons), que se baseia na premissa: Um ato de gentileza gera outro ato. Esse conflito de egoísmo e altruísmo é muito bem construído. O ato de presentear alguém é ser feliz com a alegria de outro.

Uma coisa curiosa sobre este filme é que ele se liga com A Origem dos Guardiões de uma forma tão linda e inesperada, se foi proposital ou não, não há como saber. O fato é que essa animação é, sem dúvida, um dos melhores filmes dessa temática já feitos.

Foto: divulgação Netflix