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Ameaça Profunda – Com estilo de videogame, longa apresenta os horrores do oceano profundo

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O oceano sempre foi inspiração para horrores inimagináveis, ele é misterioso, incontrolável e, muitas vezes, cruel. Ameaça Profunda se passa a 11.000 km abaixo do nível do mar, onde a água exerce 8 toneladas de pressão, nada até o momento dessa publicação é capaz de sobreviver ao verdadeiro fundo do mar. A protagonista, Norah, protagonizada por Kristen Stewart, é um engenheira mecânica da Estação Submarina Kepler, que fica exatamente nesse profundidade. O oceano esconde muitos recursos naturais de minério, então as Empresas Tion decidiram criar brocas para escavação, contudo, o mar não aceita ser roubado, ele não é passivo como a terra. Se você tirar algo do mar, ele vai tomar de volta.

Podemos definir esse filme como um Alien: O Oitavo Passageiro na água, ele é cheio de referências, como o fato de começar com legendas que identificam os locais principais e o número de passageiros. A Estação Kepler é sem dúvida uma Nostromo marinha, com corredores infinitos e tecnologia que parece avançada, mas nem tanto assim. Depois que essa primeira impressão passa, e todos os problemas começam a aparecer, o longa vai meio que ganhando uma personalidade própria, só que com várias inspirações. Existe uma forte presença das obras de H.P. Lovecraft no design das criaturas marítimas, assim como ela lembra O Segredo do Abismo de James Cameron em uma versão não tão pacífica. Além disso toda a aventura do roteiro parece muito com um videogame, isso se reflete muito nos trajes, instalações humanas e as criaturas.

Como dito, a aventura para sobreviver é um ponto bem feito no filme, porém os personagens são muito fracos. No que o roteiro de Brian Duffield e Adam Cozad vai bem na história em si e na ambientação, de resto, eles, simplesmente, ignoram os personagens. Não há tempo para que o público se importe minimamente com eles, dá 5 minutos de filme e eles já tem que fugir. Até existe a tentativa de desenvolver os personagens, principalmente os de Kristen Stewart e Vicent Cassel, só que tudo é tão raso e clichê que cai por terra. Pode ser que a chave para aproveitar a experiência seja tomar a aventura e a estética como principal, ignorando os personagens, mesmo que isso não seja o certo. No geral, o elenco, eu diria que é decente em suas atuações, Cassel já é um ator experiente, e Stewart consegue ser menos Bella de Crepúsculo, apesar de ainda ter uns tiques que lembram a personagem. Diante do desenvolvimento pífio dos personagens, os atores fizeram o possível.

O diretor é William Eubank, que tem experiência com filmes espaciais, ajudou na questão da ambientação . Novamente, no início ele cópia Alien com muita força, porém com o tempo a câmera vai ficando mais frenética, ele usa muito sabiamente o escuro abissal para tanto criar tensão, quanto proteger o CGI das criaturas. Quando o filme se encontra no clímax essas criaturas brilham, e a última só pode ser equiparada ao filho de Lovecraft, Cthulhu. E o final é bem razoável, tirando as falas ridículas de Norah.

É um filme para vários nichos. De um lado tem os fãs de Kristen Stewart, do outro tem os que gostam desse estilo de fundo do mar, além dos fãs de monstros. É o típico entretenimento que agrada principalmente o mercado chinês. O mais importante é que Ameaça Profunda cumpre seu principal requisito, ser divertido, só isso.

 

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