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Jojo Rabbit: Sátira sobre o Nazismo imprime realidade e fantasia

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 Jojo Rabbit  se passa em 1945, quando a Alemanha está contando os dias para ser derrota pelos Aliados. As invasões do Dia D conseguiram libertar a Itália, depois seria a França, e Berlim era uma questão de tempo. Enquanto isso, Jojo Betzler (Roman Griffin Davis), membro da Hitlerjugend (Juventude Hitlerista),tenta manter seu espírito nazista vivo na nação. Até descobrir que sua mãe, Rosie (Scarlett Johansson), esconde um menina judia em sua casa, a jovem Elsa (Thomasin McKenzie).

A adaptação do livro de Christine Leunens, “Caing Skie” se faz pela sátira contra o Nazismo,com referencias à filmes como O Menino do Pijama Listrado e A Vida é Bela. Diferente do filme de Roberto Begnini, que é um tapa na cara após o outro, a obra de Taika faz rir e depois te dá o tapa como se dissesse: Isso não tem graça. Os personagens de Sam Rockwell, o capitão Klenzendorf (ou só Capitão K), assim como os de Rebel Wilson e Alfie Allen (Fraulein Rahm e Finkel, respectivamente) são membros do exército nazista. Os personagens são vestidos de forma ridícula em suas atuações, pelo contexto da sátira.  O capitão K representa o oficial desiludido para com o partido, que ajuda Jojo nos momentos mais difíceis do filme.

Entretanto, toda essa sátira se utiliza de fatos reais e sinistros, citando não só os absurdos dos acampamentos da Hitlerjugend, mas até o atentado contra Hitler, organizado pelo coronel Claus von Stauffenberg. Esses fatos históricos acabam sendo artifícios para a comédia. Mas a direção de Taika não é 100% eficiente, no terceiro ato, principalmente, ele passa de uma cena muito dramática para comédia de maneira brusca, o que diminui a risada, desvalorizando o drama.

Todo o elenco está bem em cena. Sam Rockwell e Scarlett Johansson trazem sobriedade a obra. As crianças, Jojo e Elsa, imprimem carisma e talento. Assim como o excelente alívio cômico da obra, Yorki (Archie Yates), amigo de Jojo que acaba virando um soldado do exército, mesmo tendo só 11 anos. Mais a frente no filme temos o personagem de Stephen Merchant, Sr. Deertz, da Gestapo. Curiosidades à parte, o próprio diretor atua como Adolf Hitler, o amigo imaginário de Jojo, por todo primeiro ato era apenas engraçado, até que a mente de Jojo começar a questionar os ideais nazistas, até o personagem começar a discursar com mais força, mais fanatismo e imitando os trejeitos do próprio Führer, assim trazendo o drama à cena.

 A produção do filme é impecável, tanto na questão de figurinos, quanto na ambientação. O filme é rico, ele fala com todas as idades e todos os povos. Jojo Rabbit é o tipo de filme que mexe com o espectador, além de ser um marco de resistência para que o Holocausto nunca mais se repita.

Foto: divulgação 20th Century Studios Brasil

 

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