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Especial Pandemia: Oito filmes para entrar no clima (se você quiser)!

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O mundo está realmente preocupado com a pandemia do novo Coronavírus, COVID-19, porém, de acordo com nosso Ministério da Saúde, não há motivo para pânico. Mas já que todo mundo está em quarentena, que tal uma listinha de filmes sobre pandemias, hein? Com filmes baseados em clássicos da literatura, thrillers, filme de drama romântico, e filmes de zumbi. Porque nenhuma pandemia tem graça se não tiver zumbis, não é. Então pega sua máscara de gás, o taco de beisebol e seu álcool em gel e se joga nessa lista!

Ensaio Sobre a Cegueira (2008)
Baseado no livro de José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira narra a história da personagem de Julianne Moore, a única pessoa com visão em uma grande cidade. Depois de uma epidemia da praga chamada Cegueira Branca, praticamente todas as pessoas da cidade perdem a visão, exceto a Moore, e pelos olhos dela, testemunhamos o fim da sociedade.

O filme foi realizado pelo diretor brasileiro, Fernando Meirelles, e foi inclusive filmado parcialmente no Estado de São Paulo. O livro de Saramago mostra um nível muito maior de degradação, de como a imundície humana surge no primeiro colapso social, e uma obra de cinema não poderia ser tão grotesca. Contudo, Meirelles se mostrou mais do que capaz de representar essa imundície humana.

Aviso ao leitor que Ensaio Sobre a Cegueira não é um filme feliz, e muito menos o livro, tanto diretor quanto escritor tinham o mesmo objetivo de chocar a sociedade humana como um alerta a mesma.

Sentidos do Amor (2011)
Estrelado pelos incríveis atores, Eva Green e Ewan McGregor, Sentidos do Amor é um filme sobre como um romance verdadeiro sobrevive a tudo, e também como a humanidade pode se adaptar até as maiores adversidades. Diferente de Ensaio Sobre a Cegueira, este filme é bem mais esperançoso, apesar de seus final arrebatador.

Eva Green interpreta uma cientista que abdicou de tudo pelo trabalho, até relações amorosas. Isso tudo muda quando ela conhece o personagem de McGregor, um talentoso chefe de cozinha. Os dois vivem um romance atribulado, pois um epidemia está espalhando pelo um novo vírus que retira os cinco sentidos.

O roteiro genial, de Kim Fupz Aakeson, consegue demonstrar não só o núcleo no casal, mas também o mundo superar o problema de ir perdendo os sentidos um por um. Lógico que tudo vira um caos em vários momentos, contudo o sentimento do filme é de que, enquanto tivermos uns aos outros, tudo vai ficar bem.

Contagio (2011)
Esse aqui é assustador pelo seu realismo! Um novo vírus da gripe está a solta no ar, e rapidamente desenvolve uma pandemia. A comunidade científica tem que correr contra o relógio para achar a cura.

Com um elenco formado por Jude Law, Matt Damon, Kate Winslet, Gwyneth Paltrow, Marion Cotillard e Laurence Fishburne, o filme, de Steven Soderbergh, se tornou mais real do que quando saiu para o cinema, pois o realismo deste thriller científico é sua maior arma. Mesmo sendo uma obra de ficção, Contágio tende a exagerar em alguns pontos para criar uma tensão maior, contudo ainda hoje ele é um filme de um realismo assustador.

Filhos da Esperança (2006)
Do ganhador de Melhor Diretor, Alfonso Cuarón, Filhos da Esperança é um pouco diferente dos outros filmes que falamos até agora. A história se passa em 2027 depois de uma praga que acabou com a fertilidade humana. Cada vez menos pessoas nascem, e a humanidade começa a contemplar sua finitude, dessa maneira perdendo sua esperança.

Com o roteiro do próprio Cuarón, Filhos da Esperança aborda redenção, esperança e fé. O diretor expõe como as pessoas procuram um culpado para seus problemas, e se não encontram, elas inventam. No filme, os imigrantes são tratados como animais, e são levados para campos de concentração por parte do governo da Inglaterra. Quando o personagem de Clive Owen encontra a última mulher grávida do mundo, sua esperança se torna aquela criança no útero.

O roteiro do filme é totalmente político, não só pela parte xenofóbica, mas também em como ele mostra o poder que aquele bebê terá. Quem controlar a criança vai controlar o futuro e as esperanças da humanidade?

Guerra Mundial Z (2013)
Finalmente chegamos aos filmes de zumbi, porém vamos manter nosso realismo por enquanto. Guerra Mundial Z é estrelado pelo recente ganhador do Oscar, Brad Pritt. Uma praga desconhecida começa afetar a humanidade, transformando todos em criaturas canibais implacáveis. O personagem de Pitt é um militar já aposentado, porém para manter a segurança de sua família ele terá que ir em missão para achar o Paciente Zero.

O Paciente Zero é o agente propulsor do vírus, o primeiro atingido por ele. É muito comum que esses micro organismos afetem primeiramente animais, e daí se adaptem para o ser humano. Até onde sabemos, o vírus de Guerra Mundial Z afeta só humanos, e o Paciente Zero pode dar pistas para a cura do vírus.

Não é um filme tão incrível, porém é divertido o modo como o diretor, Marc Forster, usa os zumbis de maneira implacável, eles lembram muito insetos em certas atitudes. Mesmo sendo um filme de ação, o clima dele é muito mais sério e de suspense do que parece.

Extermínio (2002)
Criticamente falando, Extermínio de Danny Boyle é o filme mais fraco da lista. Contudo, a razão dele estar aqui é que a praga viral dele é muito bem embasada. O vírus zumbi chamado de Rage é transmitido pela saliva ou sangue dos zumbis. O nome original do longa é 28 Days Later (28 Dias Depois), pois muitas doenças demoram 14 dias para manisfestar sintomas, as instituições médicas demandam um período de 28 dias de quarentena por precaução. Sendo esse o joguinho de palavras que o filme faz no seu título.

O filme se encaixa no gênero terror pós-apocalíptico, contudo ele também se encaixa também no horror de sobrevivência, já que o grupo de sobreviventes tem que ir do ponto A ao ponto B. O início do filme lembra muito o quadrinho “The Walking Dead”, que hoje tem uma série de dez temporadas.

Quarentena (2008)
Quarentena é a versão de americana do filme de terror espanhol REC, de 2007. A repórter Angela Vidal e seu cameraman são designados para passar a noite na central do corpo de bombeiros de Los Angeles. Após uma chamada de emergência, eles vão para um prédio do subúrbio. Porém, logo, descobrem que uma senhora do prédio foi infectada por algum vírus desconhecido.

Geralmente, remakes americanos são muito inferiores ao original, contudo Quarentena é um terror de fazer a gente saltar da cadeira que nem pipoca. O filme espanhol possui um elemento sobrenatural em sua trama, o caso de Quarentena na verdade é uma variação do vírus da Raiva que transforma as pessoas em zumbis. O título se justifica, quando o prédio onde os personagens estão, é fechado inteiramente pelo exército para conter o vírus. Se os personagens tentarem sair, são mortos pelo exército, se ficarem, viram zumbis.
Mesmo sem o elemento sobrenatural, o filme trata o elemento realista do vírus de forma sobrenatural, o que traz um tom bem diferente.

Zumbilândia (2009)
Pra muita gente, esse é o melhor filme de zumbis de todos. A história é a mesma que vocês já sabem, né? Dois meses se passaram desde que uma cepa mutante do Mal da Vaca Louca se transformou em “Doença da Pessoa Louca” que logo se tornou “Doença do Zumbi Louco”, acabando com mais da metade da população dos Estados Unidos, transformando os americanos em zumbis.

Diferente de todos os outro, Zumbilândia é acima de tudo uma comédia, com elementos de terror, estrelados por Jesse Eisenberg, Emma Stone, Woody Harrison e Abigail Breslin, o filme também conta com uma participação especial de Bill Murray como ele mesmo.

Misturar comédia com zumbis já ocorreu antes com o filme britânico Todo Mundo Quase Morto, contudo Zumbilândia é muito mais comédia. Ele faz uso dos temas básicos que a trama de apocalipse zumbi usa (sociedade, relações humanas, etc) e inverte tudo isso. Por exemplo, o objetivo durante todo filme do personagem de Woody Harrison é conseguir um bolinho, enquanto o objetivo de Eisenberg é evitar pessoas, vivas ou mortas, o que ele não consegue fazer o filme todo, praticamente. Já os personagens de Emma Stone e Abigail Breslin querem ferrar com tudo mundo, desde que elas se deem bem. Extremamente criativo em seus roteiro, em meio a tantos filmes tristes de doenças, um filme que nos faz rir da situação é mais que necessário.

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