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Nilton Bonder fala na galeria Anita Schwartz sobre a importância da transgressão

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Anita Schwartz Galeria de Arte apresenta no próximo dia 11 de março, a partir das 19h, com entrada gratuita, o documentário “A Alma Imoral” (2019, 1h58′), de Silvio Tendler, seguida de conversa aberta com o escritor e rabino Nilton Bonder, autor do livro homônimo.

O documentário é uma adaptação para o cinema do best-seller “A alma imoral”, e tem o próprio Nilton Bonder como condutor dos depoimentos de personalidades com “a alma imoral”, ou seja, que questionaram tradições e comportamentos em nome de um comprometimento com o futuro. Nilton Bonder escolheu expoentes de sua “tribo”, de origem judaica, que desafiaram conceitos estabelecidos e questionam a tradição, seja na sexualidade, na política, na religião, na arte, na ciência.Para Nilton Bonder, a “transgressão é o elemento capaz de renovar a vida, de impulsioná-la a um novo horizonte de possibilidades”. “Essa transgressão está localizada na alma”, diz.

O escritor e rabino explica que buscou depoimentos de pessoas que quiseram “sair de um quadrado, pensar fora da caixa e se arriscar, se expor, e imaginar um mundo diferente do mundo do passado, que é a função da tradição manter. Mas a alma imoral ao invés de ser um compromisso do corpo com o passado é um compromisso com o futuro”.

Nilton Bonder destaca que “todos nós temos como instrumento evolutivo fundamental a capacidade de rompimento”. “Tanto a peça como o filme são em cima da ideia do livro de que todos nós temos como instrumento evolutivo fundamental a capacidade de rompimento. É isso o que a inteligência ou a autonomia humana têm, a capacidade de não seguir certos instintos, certas tradições, mas de a gente romper, trair, apesar de isso ser difícil para todo ser humano, pois entramos em território não mapeado, em uma dimensão totalmente nova. Éuma aventura mesmo”, assinala.

Ele observa que “o desafio foi fazer para o cinema alguma coisa bem diferente do que foi o texto do livro, que é quase um olhar mais espiritual, existencial, e a peça – muito bem-sucedida, pois está em cartaz há 14 anos em São Paulo, e na semana passada foi reapresentada no Rio – ganhou uma característica mais psicológica”. “O filme é mais político”, pontua.

“É um filme bastante forte, muito corajoso, e sofremos resistências por isso. É um trabalho de arte, e fala de uma coisa muito particular, mas de uma universalidade incrível. Fala diretamente sobre a realidade do Brasil e do mundo que estamos vivendo hoje, desse medo dessa alma imoral. Desse mundo que está hoje querendo de alguma regredir para um lugar das seguranças, das fronteiras,e ‘A Alma Imoral’ é uma proposta de se expor, de ir para um lugar do rompimento, do crescimento, de apostas utópicas que sempre moveram a civilização humana, afirma.

Dentre os depoimentos no filme estão os dos rabinos Steven Greenberg, primeiro rabino ortodoxo abertamente gay; Zalman Schachter-Shalomi, que se defrontou nos anos 1960 com novas relações sociais e um novo olhar para a sexualidade; e Yiscah Smit, professora de estudos judaicos que, aos 40 anos, enfrenta os preconceitos e faz a transição de gênero; o linguista e filósofo Noam Chomsky; e o artista Frans Krajcberg.

Atores como Matheus Solano, Letícia Sabatella, Júlia Lemmertz e Osmar Prado interpretaram no filme passagens do livro, e coreografias da Companhia de Danças Debora Colker entremeiam as falas.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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