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“Beleza sem Idade”, de Glauber Bassi, retrata idosos em meio a pandemia

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Criador do projeto originalmente lançado em fevereiro deste ano, Glauber Bassi se diz orgulhoso e confiante de que as fotos relançadas com o depoimento dos participantes sobre o que estão sentindo ao serem excluídos, podem mudar o pensamento da sociedade. “Eles merecem mais do respeito, atenção e todo o cuidado possível. Ajude o idoso mais próximo, tenha compaixão com as pessoas e assim, acredito que todos evoluiremos para melhor”.

“No projeto “Beleza sem Idade” exposto em seu Instagram ( @glauberbassi ), eu quis evidenciar a alegria deles, tudo foi feito em fevereiro deste ano, no Brasil. Na época ninguém imaginava o que estava por vir, por isso tenho a sensação de que o trabalho foi realizado em outra vida”. “Quero trazer de volta essa alegria capturada nas fotos, pra mostrar que a felicidade existe”. Depois de fotografar o projeto no Brasil, Glauber viajou para Milão e voltou às pressas em março quando a pandemia chegou na Europa matando centenas de pessoas por dia. “Meu refúgio é em uma fazenda no Brasil”. A exposição contou com mais de 10 modelos acima dos 60 anos.

Foto: Glauber Bassi

É perceptível que a juventude nascida na era digital age com desdenho diante da covid-19 e parece não se importar que os idosos sejam as principais vítimas da doença. Pensando em reverter essa situação, o fotógrafo brasileiro Glauber Bassi, famoso por fotografar diversas capas de revistas ao redor do mundo, fez do seu último projeto fotográfico chamado “Beleza sem Idade”, um atrativo para conscientização dos demais grupos pelo público 60+, que vem sofrendo com a pandemia. “Fiquei tocado com os depoimentos que começaram a me enviar, precisavam de alguém para conversar sobre isso”.

Um dos fotografados, Julio Brasil, 60 anos, comentou sobre o que sente diante da repercussão. “Não vi as autoridades competentes em momento algum responsabilizando este ou aquele grupo de faixa etária pela propagação do vírus. Nós, acima dos 60, sabemos que o vírus pode ser fatal. Sabemos de nossa responsabilidade. Porém os que estão abaixo dos 60 possuem enorme responsabilidade. Esta turma deve ter consciência que uma conduta desregrada pode matar os mais velhos.”.

Maria Antonieta, 70 anos, que também participou do projeto, revelou as críticas que já passou e ainda passa nesse momento de pandemia: “Há tempos atrás externei minha preocupação em relação ao contagio e fui muito criticada por uma jovem que me disse que não pertencia ao grupo de risco, que quem estava morrendo na Itália eram apenas os velhos.Sei que é uma doença muito grave para nós, os idosos, mas todos precisam de cuidados”.

Fotos: Glauber Bassi

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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