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Maíra Medeiros propõe democratizar o debate sobre Feminismo, em seu livro

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O que define uma mulher? É o seu plano de carreira? Sua família? Seu corpo? “Este livro é coisa de mulher: desconstruindo para construir” lançamento da Editora Planeta, vem para transgredir essas referências de feminino, e já começa pelo título. O que é, afinal, “coisa de mulher”? A autora Maíra Medeiros, referência na internet quando o assunto é liberdade de ser e de dizer, não economiza nas perguntas mais incômodas para provocar o leitor a pensar de onde vêm os padrões de beleza e comportamento onde tão pouca gente cabe. “Por que ninguém tem tempo para ouvir de uma mulher o que é ser mulher para ela?”, questiona.

Trata-se de um livro convite para democratizar o debate sobre feminismo; um convite que contém em si um questionamento: onde está concentrada essa discussão hoje? A partir de quais linguagens e códigos sociais ela é disparada? Será que ela chega a todas as mulheres? Pensando em ampliar as possibilidades de conversa e chegar no maior número possível de pessoas, a autora utiliza aqui a mesma linguagem bem-humorada e descomplicada pela qual é conhecida na internet.

Importante porta-voz dos espaços que ocupa no mundo digital, a youtuber começou seu canal por acreditar que temas como empoderamento feminino e aceitação eram poucos falados, e quando alguém tocava no assunto acabava sendo sempre da mesma forma. Este livro também faz parte do desejo de levar para o offline discussões urgentes demais para se restringirem à internet. “Entender o lugar que ocupamos na nossa sociedade e como a sociedade nos vê é nosso dever para confrontar e ‘mudar o algoritmo’ do mundo”, defende a autora.

A partir daí, o livro conduz as mulheres em um exercício de revisitar sua trajetória de vida, para que elas possam identificar quando, como e por que se sentiram diminuídas socialmente. Relacionamentos abusivos, amizades tóxicas e violência doméstica são alguns dos assuntos abordados. O livro parte do pressuposto de que ser mulher é sinônimo de ser plural, ampliando as noções sobre o feminino, e ao mesmo tempo reconhecendo que individualidades sempre devem estar à frente de qualquer generalização. “Se você que me lê é uma mulher trans ou indígena ou negra ou uma mulher com deficiência, você pode ter uma relação diferente com os tópicos que vou abordar aqui porque são diferentes de mim”.

Como diz a autora no primeiro capítulo, o principal intuito é chamar as leitoras para conversar e acolher o que quer que venha desse papo. “Vamos juntas, página a página, abandonar julgamentos que recaem sobre nós e encontrar caminhos para ganhar mais liberdade e autonomia como pessoas e, mais do que isso, como mulheres”.
No final do livro, os leitores ficam sabendo quem são as mulheres que fizeram a publicação acontecer. Desde o projeto gráfico até a edição, passando pela organização do conteúdo e pela preparação do texto, a produção de “Este livro é coisa de mulher” foi 100% feminina. Além disso, as páginas finais guardam um presente: uma lista de referências feministas para ler, ouvir e assistir. De Spice Girls a Aretha Franklin; de Rupi Kaur a Simone de Beauvoir, passando por Margaret Atwood (autora do livro “O conto da aia”) e Mary Dore, (diretora do filme “She’s beautiful when she’s angry”), o compilado de artistas mulheres que Maíra deixa para seus leitores é um lembrete de que a revolução será, sim, feminina – e feminista.

Criadora de conteúdo, Maíra comanda o canal no YouTube “Nunca te pedi nada”, e apresenta o podcast “Filhos da grávida de Taubaté”, ao lado de Edu e Fih (Diva Depressão). Com mais de 1,5 milhão de seguidores em suas redes, Maíra faz valer sua posição de formadora de opinião para dialogar não só com os jovens, mas com toda a sociedade, sobre a importância de ouvir a voz das mulheres.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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