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O Chalé apresenta obra de causar calafrios

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O pior medo que existe é o que cria na nossa mente a frase: Poderia acontecer realmente? Essas três palavras descrevem a agonia que O Chalé causa. A história começa com o suicídio da mãe de Aidan e Mia (Jaeden Martell e Lia McHugh), eles são obrigados a morar com o pai (Richard Armitage) que está noivo de um nova mulher, Grace (Riley Keough). Eles vão passar o natal no chalé da família, em um lugar bem isolado perto de um lago congelado. Só que Grace teve uma infância muito difícil, o que deixou cicatrizes em sua mente, cicatrizes muito perigosas.

Dirigido e roteirizado por Severin Fiala e Verônica Franz, O Chalé tem vários elementos que compõe um filme de terror excelente. Primeiro vem a clara influência do novo estilo de terror de Robert Eggers e Ari Aster, principalmente na parte técnica. Os quadros são muito simétricos, os personagens quase sempre estão em close ou em planos muito abertos, causando um imenso desconforto no público. Tudo é muito ermo ou muito apertado. Também tem a ausência de cores, a paleta do filme abusa do cinza, branco e do preto, então além da câmera opressora, a falta de cores tira a beleza e vida até dos personagens. É desolador.

O roteiro é terrível, no bom sentido, pois os dramas são situações reais. As crianças estão traumatizadas com o suicídio da mãe, o pai quer começar uma nova fase da vida, assim como Grace quer esquecer o passado. De certo modo, até que eles formam um conjunto que pode se apoiar, mas infelizmente a situação se torna ainda pior. Aliás, o pai de Grace era líder de uma seita macabra, e ela foi a única sobrevivente do grupo. Isso criou traumas e sérios danos psicológicos para a mulher, a tornando potencialmente perigosa. O resto você já pode imaginar. Spoilers não são necessariamente prejudiciais para este filme, contudo a experiência de vê-lo sem ter a menor ideia do que vai acontecer é inigualável. O Chalé é sufocante!

O elenco em si é formando por excelentes atores, incluindo as crianças, e a atuação de Riley Keough é a que mais se destaca, pois o personagem pede isso. Existem certos furos aqui e ali no roteiro, e situações que pedem certa suspensão de descrença. Entretanto, O Chalé é um exemplo para mostrar que filmes de terror não precisam do elemento sobrenatural para aterrorizar.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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