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Amazônia Sociedade Anônima estreia no Canal Brasil e Globoplay

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Produção retrata a luta diária da comunidade indígena Munduruku.

Amazônia Sociedade Anônima estreia no Canal Brasil e GloboplayO Canal Brasil e o Globoplay estreiam simultaneamente, no dia 21 de agosto, o novo projeto cinematográfico do diretor Estêvão Ciavatta, Amazônia Sociedade Anônima.

O documentário – que tem como produtor associado o cineasta Walter Salles – faz um importante registro ao longo da BR 163 Cuiabá-Santarém, mostrando os índios Munduruku em sua luta para defender a terra e rios diante de máfias de grileiros de terras.

Aliás, Amazônia Sociedade Anônima surgiu após a série homônima desenvolvida pelo diretor para o programa Fantástico, da TV Globo, entre 2014 e 2015, que teve um dos episódios dedicado à grilagem e ao comércio ilegal de madeira. Ao longo de cinco anos, a narrativa do documentário foi se desenvolvendo a medida que os acontecimentos históricos se davam.

A produção, que fez parte da Seleção Oficial do Festival do Rio 2019, do Festival International du Grand Reportage d’Actualité et du Documentaire de Société – França, de 2020, e do Cine Planeta 2020 (México), estreia dia 21 de agosto às 19h no Canal Brasil, e estará disponível no mesmo dia no Globoplay.

De 2014 a 2018, o diretor e sua produção acompanharam ações de órgãos oficiais federais no combate ao roubo de terras públicas. Nesse período eles presenciaram as duas maiores ações do IBAMA junto ao Ministério Público e a Polícia Federal para combater o roubo de terras públicas no Sudoeste do Pará: as operações Castanheira e Rios Voadores.

A proximidade com a comunidade indígena Munduruku surgiu junto com a auto-demarcação, e com as primeiras filmagens que fizeram com o grupo indígena em 2014. Já em 2017, o diretor doou uma câmera, um tripé e um microfone ao Coletivo Audiovisual Munduruku, composto em sua maioria por mulheres, para que elas continuassem registrando seus desafios na defesa de suas terras. Quando a produção recebeu as filmagens e o acervo do coletivo passou a fazer parte do filme, o diretor decidiu colocar a entidade como coprodutora do documentário.

Para Estêvão, uma câmera nas mãos dessas mulheres é a melhor forma de defesa das terras. “Nos dias de hoje o audiovisual é uma forma delas contarem sua própria história e ao empunharem as câmeras nos momentos de monitoramento e vigilância do território, elas se tornam guerreiras tão ou mais importantes que os outros guerreiros”.

“A câmera de filmar se tornou, certamente, um poderoso instrumento de defesa de suas vidas e da floresta. Tudo o que acontece está sendo registrado. O filme se torna, então, estratégico para que esta realidade seja conhecida e dialogue com o mundo, abrindo novas perspectivas para o futuro da Amazônia. “, pondera ele. Aliás, Estêvão reforça a relevância desse tema ser discutido através do documentário nos tempos atuais.

Além disso, o diretor destaca as dificuldades enfrentadas de filmar na Amazônia. “Qualquer trabalho na Amazônia é um desafio, seja por suas dimensões continentais, seja pelos contratempos de produção, mas a disposição e a vontade venceram todas as barreiras. Posso dizer que a maior dificuldade foi a convivência com os micuins, carrapatos minúsculos que vivem na floresta”, finaliza Estêvão.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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