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“The Boys” conta com um tom cômico que a torna agradável

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Série traz novos personagens.

Baseado na história em quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson, a série da Amazon Prime Vídeo, “The Boys” encerrou sua segunda temporada de maneira épica. Nesta temporada fomos apresentados a novos personagens da Vought, empresa que gerência os super-humanos. Aliás, a criação de super vilões gerou um apelo na população que exige mais super-heróis e portanto mais Composto V. Já do outro lado, Billy Bruto (Karl Urban) tem que lidar com o fato de sua esposa estar viva e prisioneira da Vought, criando o filho de Homelander (Antony Starr). Contudo as operações dos “The Boys” não podem parar, apesar de que planos dos super é o mais terrível que se pode imaginar.

Os trailers e matérias anunciadas pela Prime Vídeo deixavam claro que alguns personagens seriam mais desenvolvidos e novos seriam apresentados. No caso dos novos personagens, Tempesta (Aya Cash) foi sem dúvida o ponto principal desta temporada. Inspirada no personagem Stormfront das HQ’s, a única diferença entre os dois é que um é homem e a outra é mulher. Toda sua participação na temporada foi muito bem feita, todo seu texto, e até o que orbitavam a presença da personagem, parecem ter sido produzidos com engenhosidade milimétrica.

Em termos técnicos, a série é produzida e dirigida de forma didática até, tendo um tom cômico que não tira a seriedade dela, e sim a tornando extremamente agradável. Os efeitos visuais estão no nível de uma série de TV comum, nada extraordinário e nem mal feito. Logicamente o forte da série está no roteiro!

Os primeiros episódios foram realmente bem agitados, mostrando os “The Boys” correndo atrás de provas para derrotar os super dentro da lei dos Estados Unidos, porém a Vought se mostrou ter tentáculos muito maiores. Dentro do grupo os núcleos mais desenvolvidos foram o casais. Hugh e Luz Estrela (Jack Quaid e Erin Moriarty) continuam com química, e os dois tentam derrotar os inimigos sem apelar pra força bruta como o resto dos grupo. Aliás, o mesmo não pode ser dito sobre Kimiko e Francês (Karen Fukuhara e Tomer Kapon), a relação dos dois acabou se tornando uma enrolação lá pelo meio da temporada, tanto que não foi muito abordada na reta final da trama. São bonitinhos juntos, porém em vários momentos acabam destoando do foco da série.

O roteiro opta por apresentar o passado do Francês, e também como o grupo trabalhava para a CIA antes de irem totalmente para as sombras quando a Vought ganhou muito poder no governo. Entretanto a Rainha Maeve (Dominique McElligott) revelou a Kriptonita de Homelander, que não é uma pedra, e sim questões emocionais muito frágeis para o personagem, como a sua necessidade patológica por ser amado. Por último, mas não menos importante, Leitinho (Laz Alonso) também tem um pouco de seu passado e o motivo de odiar os super apresentados, mas nada que o faça deixar de ser o cara mais gente boa da série.

Antes de partirmos para os spoilers, o episódio final encerra as pontas soltas como a temporada passada, deixando apenas uma dúvida para o que acontecerá a seguir. A série como todo ainda mantém muito o equilíbrio entre o gore, comédia escatológica e ação. Dentro disso tudo, o roteiro se adapta de forma fenomenal a questões da atualidade, principalmente as desigualdade, muito inspirado pelo movimento Black Lives Matter. O que torna “The Boys” uma das séries adultas mais interessantes dentro da cultura Pop.

A partir daqui os SPOILERS começam, estejam avisados.

Um tema abordado pela série é a crítica massiva que ela faz aos movimentos de supremacia branca, extrema direita e criação de crises falsas que esses grupos geram. O início da quinto episódio é a ideia perfeita de Herr Goebbels, Ministro da Propaganda durante o governo Nazista. “Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade” foi o que Goebbels pregava em toda propaganda nazista. O fato de Tempesta ser uma nazista e como ela é adorada por vários segmentos do público só mostra que a série acredita que a ameaça facista espreita a sociedade a milênios, e vai que continuará assim por um tempo.

Aliás, existem algumas teorias que levantarei a cerca de Tempesta. Nenhuma delas tem spoilers das HQ’s.

A personagem que sobreviveu a visão de calor do Homelander não vai morrer por esse mesmo ataque, apesar de ter pirado quase um pedaço de carvão. Também não sabemos que outras armas a Vought esconde em seus porões, já que esconderam uma nazista super poderosa durante todos esses anos.

Outra questão é sobre o filho de Becca (Shantel VanSanten) com Homelander que gerou o único super-humano sem a interferência do Composto V, e talvez por isso o menino seja ainda mais poderoso que o pai.

Os planos verdadeiros da Vought ainda são obscuros. Será a limpeza étnica? Uma nova guerra envolvendo a raça Ariana nazista? Ou então só obter lucro de todas as maneiras possíveis? Agora resta esperar pela próxima temporada.

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