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“O Gambito da Rainha” conta a história de Elizabeth Harmon, garota-prodígio do xadrez

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O xadrez como conhecemos provém de vários tipos de jogos de tabuleiros orientais da Pérsia, China e até Tailândia. O objetivo do jogo, ou esporte para alguns, é conseguir um xeque-mate. Palavra essa que vem do persa “Shâh-mât”, ou seja, “O Rei está morto”. Mas diferente do que o leitor possa ter achado antes de assistir está fantástica série, ela não fala de um rei, e sim de uma rainha. Baseado no livro homônimo de Walter Trevis, “O Gambito da Rainha”, narra a jornada de Elizabeth Harmon (Taylor-Joy) como um prodígio do xadrez e também sua vida como alcoólatra funcional.

A produção original Netflix se passa em um orfanato nos anos 1950, uma garota-prodígio do xadrez luta contra o vício em uma jornada improvável para se tornar a número 1 do mundo.

“O Gambito da Rainha” tem certos deslizes pontuais, principalmente nos episódios iniciais, que são os mais gritantes. Inicialmente, sabemos que Beth perdeu a mãe durante um acidente de carro, o que a leva um orfanato, onde ela conhecerá o xadrez. Aliás, vários momentos desse início são enfadonhos, pois os jogos de xadrez são tão mais interessantes, que toda a dinâmica dentro do orfanato se torna chata.

Claro que esse arco menor se faz necessário na jornada total da personagem, contudo o primor técnico é o que ganha destaque imediatamente, tornando-se um dos pontos mais fortes da série.

Devemos admitir que a Netflix produz alguns conteúdos que criticamente são um fracasso, porém sempre surge um diamante na lama dos porcos. A direção dos episódios é milimétrica, todos os enquadramentos são perfeitos na disposição de elementos. Além disso, a produção de arte é fantástica, tanto o figurino quanto cabelos e músicas jogam o público diretamente na década de 70 dos EUA. Estes, aliás, de suma importância para construção da personagem.

Taylor-Joy, que tem ganhado muito destaque desde seu protagonismo em A Bruxa, de Robert Eggers, e em Fragmentado e Vidro, de M. Night Shayamalan, agora assume uma protagonista de uma série de alta escalão. Aliás, sem dúvida alguma, o carisma irresistível da atriz cria uma empatia imediata pela personagem e por sua jornada. Além disso, os olhares, jogadas e gestos de mãos da personagem, compõe um quadro de uma pessoa complexa. Porém a atuação não tem todo crédito de Taylor, mas também de Marcin Dorociński como o grande mestre soviético Borgov, que praticamente não fala na série inteira.

Falando em xadrez, uma das preocupações acerca da série era exatamente o jogo. É fato que xadrez não é nem de longe um jogo animado, pelo contrário, pode ser muito demorado e é muito complexo para quem não tem o mínimo de conhecimento, mas afinal de contas, todos os jogos e esportes são assim. Novamente, o roteiro, a direção e atuação se unem com dinamismo e tensão na partida. Assim, o roteiro vai lentamente criando o arco maior da personagem através de seus traumas do passado e de sua missão em se tornar a melhor do mundo xadrez.

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