Peça expressa o cruzamento de questões como afeto, novas definições de família, cidadania e o que se entende como justiça.

Depois de estrear presencialmente no SESC Ginástico em 2019, realizar temporada on-line no projeto Palco Casa Grande e participar da FITA em 2020, “Segredo de Justiça” reestreia em fevereiro de 2021 em formato on-line.

Baseado no livro homônimo da Juíza Andréa Pachá, com direção de Marco André Nunes e Isabella Raposo, “Segredo de Justiça” fala sobre família e justiça. A peça tem como ponto de partida os personagens presentes nas crônicas do livro lançado em 2014 e a encenação de 2019.

Em “Segredo de Justiça” o conflito está presente não apenas nos casos, mas também na figura de quem, por força do ofício, julga. O público poderá saciar, de certa forma, sua curiosidade em saber o que se passa na cabeça de um juiz no dia a dia de seu trabalho – o quanto é difícil julgar e sentenciar. O projeto lança uma luz sobre o fato das pessoas terem cada vez mais dificuldade em resolver as suas questões afetivas no foro íntimo e acabarem recorrendo à intervenção do Estado.

O espetáculo expressa o cruzamento de questões como afeto, novas definições de família, cidadania e o que se entende como justiça. A interferência do Estado (Estado-juiz) nas áreas da vida em que se acreditava que este não deveria regular ou interferir. Não se trata de um espetáculo sobre pessoas boas e más, leais e traidores, com e sem princípios, e sim sobre os impasses e as contradições vividas por todos nós em maior ou menor grau.

Aliás ,as histórias fazem refletir sobre as atuais mudanças em nossa sociedade e, consequentemente, na justiça brasileira. Além disso, o que parece ficção, na verdade faz parte da realidade de muitos cidadãos brasileiros.

A peça revela em suas cenas alguns casos testemunhados pela Juíza e narrados com sensibilidade de autora experiente. Para a versão online, o premiado Marco André Nunes, um dos mais expressivos diretores da atualidade (Carangueijo Over Drive e Guanabara Canibal) e Isabella Raposo buscaram com os atores Carmem Frenzel, Alexandre Barros, Fabiana de Mello e Souza e Milton Filho novas possibilidades para a plataforma digital. Nos últimos anos Marco André tem investigado o “atravessamento” entre teatro, música e performance.

Neste projeto diretores, elenco e a dramaturga Carolina Lavigne, que também faz uma participação especial como atriz, investigam o quanto a ideia que fazemos da Justiça nos afeta diariamente, mesmo que saibamos muito pouco sobre como funcionam seus dispositivos.

O livro que foi lançado em 2014, segue o sucesso editorial do primeiro livro da autora – “A Vida não é Justa”. A ideia dos livros surgiu a partir do Facebook, quando Andréa começou a compartilhar suas histórias com amigos. Os casos rapidamente chamaram a atenção de amigos de amigos e colegas de profissão.

Exibições no Zoom: 06/02 (Sab) às 21hs; 07/02 (Dom) às 20hs; 10/02 (Qua) às 21hs; 13/02 (Sab) às 21hs, 18/02 (Qui) às 21hs, 21/02 (Dom) às 20hs; 27/02 (Sab) às 21hs e 28/02 (Dom) às 20hs
Duração: 60 min.| Debate após as sessões.
Classificação Etária: 14 anos