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Sucesso de critica, “A Valsa de Lili” entra em cartaz no CCBB

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Espetáculo solo interpretado por Débora Duboc é inspirado no livro ‘Pulmão de Aço’ de Eliana Zagui.

Foto: João Caldas.

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro apresenta o espetáculo “A Valsa de Lili”, em cartaz de 25 de fevereiro a 04 de abril, no Teatro III. Sucesso de público e crítica, o novo texto de Aimar Labaki, encenado por Débora Duboc, dirigido por Débora Dubois, é inspirado no livro autobiográfico ‘Pulmão de Aço’, de Eliana Zagui (a Lili da vida real), e promove o contato da plateia com uma personagem única, que está fisicamente paralisada, mas encontra-se intelectual e emocionalmente livre.

As duas Déboras, a atriz e a diretora, unem-se para contar a história dessa mulher extraordinária que sofre de paralisia e movimenta apenas a cabeça. Aimar Labaki constrói de forma delicada e emocionante a história de Lili, que, tanto em vida quanto na narrativa, vive numa UTI há quase quarenta anos, desde os 2 anos de idade, por conta de uma poliomielite mal diagnosticada.

“Lili vive em uma condição muito singular, mas seus questionamentos, medos e verdades são os mesmos de qualquer pessoa na sua idade: a necessidade de amar e ser amada, a relação com a morte, o que fazer da vida, como conseguir o sustento com o trabalho. Lili e seus amigos são uma prova viva da máxima de Sartre: o importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós”, diz Débora Duboc.

Eliana Zagui, a autora do livro, esteve presente em uma sessão de A Valsa de Lili. “Foi para todos uma grande emoção recebê-la, pois ela se locomove acompanhada de um grande aparato que inclui ambulância, respiradores e profissionais da saúde”, conta Duboc.

“Eu entendi que viver é um ato político”. A existência de Lili é uma escolha diária. A personagem diz: Eu posso não mexer nada do pescoço para baixo, mas a minha alma nunca deixou de dançar. E como diz Suassuna: “No meu entender o ser humano tem duas saídas para enfrentar o trágico da existência: O Sonho e o Riso. Isso Lili tem de sobra”, finaliza Duboc.

Em “A Valsa de Lili”, Lili é uma pessoa extraordinária e única, e, ao mesmo tempo, é uma mulher com questões iguais às de qualquer outro ser humano: o amor, a perspectiva do envelhecimento e da morte, os limites sociais e físicos e a luta pela sobrevivência. A única coisa que a distingue é que só consegue mexer os músculos do pescoço e da cabeça. Em pouco menos de uma hora, ela conta sua história e de seus amigos, mas principalmente, narra a aventura de viver plenamente, transformando as tragédias e dramas do cotidiano.

A peça, aliás, esteve em cartaz no SESC Ipiranga, São Paulo, onde Débora Duboc, por sua interpretação de Lili, ganhou o Prêmio APCA de melhor atriz. Antes da pandemia fez temporada no Teatro do CCBB Brasília. Em julho, foi o primeiro espetáculo, no Brasil, a ser exibido num drive-in, que foi montado no estacionamento do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília.

Serviço:
“A Valsa de Lili”
De 25 de fevereiro a 04 de abril
De quinta a Domingo, às 15:30
Local: Teatro III – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB)
Classificação indicativa – 12 anos

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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