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Gerald Thomas revisita “Terra em Trânsito”, com dramaturgia atualizada

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Gerald Thomas transpõe o olhar da câmera para o olhar do espelho que encara a protagonista.

O autor e diretor Gerald Thomas reformulou a dramaturgia de “Terra em Trânsito” para o novo contexto político, econômico e cultural, realidades diferentes da montagem original.

Foto: Luiz Maximiano

A situação chave de “Terra em Trânsito”, na versão 2021, traz uma experiência com a “nova linguagem” teatro-cinema. A trama se mantém a mesma de 15 anos atrás: uma atriz (Fabiana Gugli) enclausurada no camarim com seus delírios, momentos antes de entrar em cena para cantar Liebestod, sua ária em Tristão a Isolda, conversando o tempo todo com um cisne judeu ( a voz do cisne judeu é do ator Marcos Azevedo).

“A versão original era, entre outras coisas, um desabafo político contra George W. Bush e a atual é um desabafo contra Donald Trump e outras outras coisas mais. Em 2006 a atriz se drogava com cocaína, agora ela se droga com pílulas de prescrição médica”, comenta Gerald Thomas.  Aliás, a dramaturgia de Thomas é sempre um desabafo a respeito do que acontece no mundo, em política, economia, cultura e trivialidades, do momento social da peça.

A proposta de Gerald Thomas para a versão teatro-cinema de “Terra em Trânsito” é transpor o olhar da câmera para o olhar do espelho que encara a protagonista. Neste sentido, é uma filmagem estática, inanimada, porém de forma alguma desprovida de sentido. A esse respeito da opção de Thomas, Leon Barbero, diretor de filmagem e edição, diz que “a delimitação imposta pelos quatro cantos do quadro imprime o tom claustrofóbico da obra e coloca o espectador no papel de julgador. Afinal, o espelho é o julgamento primordial, aquele que nos mostra o que realmente somos.”

“A grande sacada desta nova experiência, foi transformar o espectador no Big Brother dentro do camarim. É através do espelho, no jogo de espelhos, que tudo acontece, agora dentro de uma tela”, declara Fabiana Gugli.

Além disso, a montagem celebra a parceria artística de mais de duas décadas entre Gerald Thomas e Fabiana Gugli. “O Terra de 2021 dialoga com o momento que vivemos. Estamos há um ano confinados dentro da casa, enlouquecendo aqui dentro sobre o mundo lá fora. Em 2006, estava no palco, com plateia, luz e cenário. Agora, tudo foi adaptado para o espaço íntimo da minha casa, adereçado com memorabilia e objetos da minha trajetória teatral. Estou exposta”, conta Fabiana Gugli.

Serviço
“Terra em Trânsito”
Temporada: Dias 10, 11, 17, 18, 24 e 25 de abril, sábados e domingos, 20 horas; a partir de 1º de maio, a peça ficará disponível por 24h por dia, todos os dias, até 31 de maio.
A transmissão gratuita será pela plataforma digital YouTube, com acesso exclusivo pelo link bit.ly/terraemtransito
Ingresso: Transmissão gratuita
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 40 min. (aproximadamente)

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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