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Selo Sesc reúne trabalhos do poeta e letrista bahiano, Jorge Salomão

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Foto: Elena Moccagatta

Jorge Salomão (1946-2020) viveu entre as artes e, por transitar entre o teatro, a poesia, a performance e a música, costumava dizer que era malabarista. Seu pensamento original, espirituoso e apaixonado marcou seu modo de criar – e de viver.

“Poéticas” é o primeiro álbum com suas músicas reunidas e será lançado em  Agosto pela gravadora do Sesc São Paulo. Enquanto isso, o Selo Sesc apresenta o single “Pseudoblues” que poderá ser ouvido em todas as plataformas digitais.

O cantor surpreendeu Mario Gil, diretor e produtor musical do álbum, ” “Sudoeste” é uma música pequena, que Jorge Salomão deu para a Calcanhoto musicar. Eu resolvi fazer um arranjo com acordeon, violão e baixo elétrico para dar uma sonoridade intimista e o Almério foi uma descoberta incrível. E ele topou fazer do jeito que sugeri. A interpretação ficou maravilhosa”, afirma.

“Eu conheci ‘Sudoeste’ no disco `A Fábrica do Poema´, de Adriana Calcanhoto, e é um trabalho de que gosto muito. Eu cantava essa música no início de minha carreira. Quando entrei no estúdio para gravar, com os arranjos tão delicados e respeitosos do Mario Gil, ela veio repleta de imagens e sensações. Foi um reencontro porque diz respeito à minha história, ao meu canto”, diz Almério.

O disco foi gravado ao longo do ano de 2019 e início de 2020. Jorge Salomão acompanhou o processo de escolhas das canções, dos artistas envolvidos e chegou a ouvir as gravações antes de vir a falecer, em 7 de março do ano passado, aos 73 anos. Aliás, na observação de Luiz Nogueira, diretor artístico do álbum, essa seleção foi feita por afinidades e as 14 faixas fazem um passeio por antigos sucessos.

“Pseudoblues”, na voz de Mônica Salmaso, foi faixa escolhida para abrir o lançamento do disco, a musica foi lançada inicialmente por Marina Lima, no álbum “Virgem”, de 1987. “A gravação conhecidíssima desta canção, cantada pela Marina, é muito forte na minha lembrança, mas a sonoridade linda que o Webster Santos trouxe para o arranjo, somada à participação do Edu Ribeiro que gravou ao vivo comigo, me ajudaram a encontrar a minha forma de cantá-la”, afirma Mônica.

Embora com alguns traços comuns nos timbres, as duas cantoras têm trajetórias diferentes e as duas versões mostram esse caminho. Também revelam a elasticidade do poeta, capaz de ir do rock à música popular brasileira com facilidade.

Na direção e produção musical de Mario Gil, os arranjos e harmonias de “Poéticas” procuraram dar mais liberdade aos cantores. Ele trouxe ainda outros dois arranjadores Webster Santos e Cezinha Oliveira para que as letras trafegassem entre as várias vertentes que Jorge Salomão passeava como letrista.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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