- Publicidade -

“A Pequena Luz” faz curtíssima temporada, no Teatro Armando Gonzaga

Publicado em:

Realizar um espetáculo infanto-juvenil que aborde a temática do abuso sexual de crianças e adolescentes é uma iniciativa que exige coragem e sensibilidade. Justamente por isso, “A Pequena Luz”, escrito  pela autora Thais Tomaz, faz curtíssima temporada nos dias 28 e 29 de Agosto, em sessão dupla diária às 14h e 17h no Teatro Armando Gonzaga.

A ideia surgiu do desejo de realizar um espetáculo infanto-juvenil com algo percebido com mais atenção em meio à pandemia de Covid-19: os ruídos na comunicação. Para ajudar a elucidar a questão no trato de um tema já delicado por si só, a equipe conta com valiosos aliados: a ludicidade da linguagem teatral e os elementos cênicos, que ajudam a explicitar sinais e sintomas característicos de uma agressão desse tipo, e a urgência de um diálogo aberto nesses casos.

“A Pequena Luz” apresenta Luméia e Lampo, dois vagalumes que iniciam uma jornada para ajudar a pequena Sofia a conseguir se comunicar com seus pais, e através disso, obter o apoio necessário para sair de uma situação de perigo e angústia. Neste encontro mágico entre pequenos seres da natureza e humanos, cheio de descobertas e desafios, a peça pretende abrir nossos olhos para o abuso na infância, além da necessidade de um canal de comunicação aberto sobre um tema tabu em muitas famílias, na esperança de prevenir esse tipo de violência.

“Sempre me preocupei em trazer uma certa leveza e poesia para o assunto, afinal, estamos falando com as crianças. É necessário que a aproximação seja suave para que o aprendizado seja no tempo delas. O desafio está em transformar o tema em algo que seja apreendido pelas crianças, como forma de experiência cênica, e compreendido pelos pais, como forma de um alerta”, explica o diretor Ricardo Rocha.

“No palco podemos utilizar contrapontos que equilibrem a maneira como um assunto pode ser tratado. Através da música, da dança, da alegria e ludicidade do teatro infanto-juvenil, podemos trazer à luz um tema que é de fato, pesado e doloroso, de maneira educativa, denunciativa, sem perdermos momentos de leveza, risadas e, principalmente, esperança! Nos comprometemos a propagar a importância da comunicação entre pais e filhos, trazendo para a arte e para a cultura a missão de proteger e informar nossas crianças e jovens”, pondera Ricardo.

Os números atestam a importância da montagem: durante a quarentena, sem a rotina escolar e o escape de ambientes familiares disfuncionais e abusivos, houve um aumento exponencial de casos de abuso cometidos contra crianças e adolescentes. Dos 159 mil registros feitos pelo Disque Direitos Humanos em 2019, 86,8 mil são de violações de direitos de crianças e adolescentes. Além disso, 70% da violência sexual contra crianças e adolescentes ocorre dentro de casa.

” “A Pequena Luz” é um chamado para todos! Quantos problemas ocorridos na vida de crianças e jovens poderiam ter sido evitados ou remediados através da comunicação? O teatro é o lugar da assembleia, onde a cidade se reúne para pensar a sociedade. E este é um projeto que deseja ser luz nas sombras, esperança na dor e voz no silêncio de tantas crianças e jovens. Pessoas adultas, escutem suas crianças!”, convoca o diretor.

Rota Cult
Rota Cult
Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
3.870 Seguidores
Seguir
- Publicidade -