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“Um Passeio no Bosque”, peça atemporal, coloca em xeque a humanidade

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A peça retorna aos palcos após sua estreia, há 20 anos.

Foto: Kim Leekyung

Escrito em 1988, o espetáculo “Um Passeio no Bosque”, de Lee Blessing, propõe a ideia de desarmamento. Com um texto atemporal, já que ainda presenciamos intolerância e violência a partir da pulverização das fake news no Brasil, a peça retorna aos palcos na cidade do Rio de Janeiro, após 20 anos. Aliás, o texto já foi indicado ao Pulitzer já foi montado em mais de 60 países.

 Numa época de extremismos político e religioso, o texto de Blessing sobre a amizade entre os opostos, e o desarmamento, seque na esfera nuclear, biológica ou tecnológica sobre a relação entre dois seres humanos ou em políticas públicas sobre armas.

“Um Passeio no Bosque” traz o encontro entre dois diplomatas representantes de potências adversas em um bosque na Suíça, uma terra de neutralidade e perfeição cívica. E, para chamar atenção do público para a complexidade da relação entre os diplomatas que quase coloca em xeque a humanidade, a peça aposta na simplicidade cênica.

A encenação é pautada no jogo entre os dois intérpretes. Um deles, o mais velho, é um russo, Andrey (Beto Bellini), com larga experiência diplomática, cético em relação ao próprio trabalho, com o entendimento de que as coisas não são exatamente possíveis de serem transformadas e que a paz é uma constante tentativa e não um êxito a ser alcançado. Já o outro, é um jovem americano idealista que ainda acredita que isso é possível.

As grandes questões da política internacional, a guerra ou a paz, são tratadas pelos dois diplomatas de maneira frustrada pois eles não abrem mão de seus próprios benefícios e suas conveniências momentâneas.

Aliás, Beto Bellini que, há 20 anos atuou no papel do personagem mais jovem, retorna nesta temporada ao lado de Gustavo Merighi. Além disso, Numa troca de e-mails, Blessing se mostrou agradecido com o fato de Bellini ser o único ator, em mais de uma centena de montagens, a passar pelos dois personagens, e se colocou à disposição para uma entrevista.

Acompanhada de uma exposição que pauta como o “desejo pelo poder” , a montagem nos faz gerar maior capacidade de destruição que de preservação.

SERVIÇO:
De 03 a 25 de setembro, sextas e sábados – às 20h
Local: Teatro Solar de Botafogo
Classificação 12 anos
Acessibilidade (elevador).
Vendas: plataforma INTI 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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