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“Amores Flácidos” ganha montagem em formato híbrido

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Idealizada pelo ator Bruno Dubeux, “Amores Flácidos” foi o primeiro texto escrito pelo dramaturgo Herton Gustavo Gratto, um dos vencedores na Primeira Edição do Núcleo Sesi de Dramaturgia em 2014 e que agora ganha sua primeira montagem em formato híbrido entre teatro e cinema.

Em “Amores Flácidos”, Eunice, que sempre sofreu preconceito e estigma ao longo de sua vida por conta do seu corpo e obesidade, se apaixona por Aroldo, um cara magro, bonito e esbelto, que evita glúten e nunca come dois tipos de carboidratos de uma só vez. Aroldo também se apaixona por Eunice, porém não consegue assumi-la socialmente e perante sua família, a escondendo do mundo externo.

Depois de dois anos de relacionamento uma descoberta leva Eunice a um rompimento brusco, Aroldo, por sua vez, não aceita que uma mulher gorda o possa ter rejeitado, assim, ele decide faze-la sofrer.

Para o idealizador do projeto, Bruno Dubeux diz que falar de gordofobia e todas as violências sutis, ou não, é fundamental para que as pessoas repensem o próprio olhar diante do corpo do outro, “Com frequência, pessoas acima do peso são desqualificadas pela sua imagem corporal, rotulados inclusive de preguiçosos e desleixados. Por que a diferença incomoda tanto?”, questiona.

O ator, que também é médico nutrólogo, trabalha diretamente com a obesidade, e no espetáculo ele traz a sua pesquisa para um prisma poético e social: “Esse conteúdo sempre mexeu comigo, então quando esse texto chegou até mim através do Herton tive logo o impulso de montar esse espetáculo. Como as pessoas na nossa sociedade tendem a julgar as outras pela aparência e como a falta de empatia afeta as nossas atitudes no dia-a-dia são reflexões atuais e pensar sobre a nossa postura com relação ao outro é urgente.”

Para a diretora Marcela Rodrigues o projeto também traz à cena outras polaridades, “Essa peça-metragem é a confluência entre o amor e o ódio, o mal e o bem. Tocamos nas feridas de um mundo totalmente polarizado, falamos de “amores” doentios, abusivos e da flacidez em amar o próximo”.

Como descreve a diretora Marcela Rodrigues, ” “Amores Flácidos” traz como proposta de encenação um estudo avançado do corpo, a simbiose entre teatro e dança, peso e contra peso, texto e movimento, mise-en-scène e cenário, transformando a relação física entres esses dois seres em alicerce para as emoções.”

Na trilha original, o violoncelo foi a principal inspiração como protagonista absoluto. Para além da melodia, ele cria atmosferas, sons, ruídos utilizando também ritmos descompassados e sons percussivos através da haste do arco com batidas no instrumento: “Um ator branco e magro, uma atriz preta e gorda, já de início eles não poderiam ser mais opostos, com a rebeldia de seus corpos tão divergentes, a violência de suas realidades, incapazes de serem domados, assim como os descompassos do violoncelo com toda a sua gravidade.

“Amores Flácidos” faz quatro apresentações nos dias 11 e 18 de setembro às 21h e 12 e 19 de setembro às 20h no canal do Youtube “Amores Flácidos”.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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