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“Noia” faz temporada on-line no Sympla, em curta temporada

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NoiaO experimento “Noia” é um experimento no limiar entre o teatro, a televisão e o cinema. Peça retrata de forma tragicômica o estado das pessoas em tempos de pandemia. A adaptação da peça teatral de Maria Fernanda Gurgel, com direção e adaptação de Jean Mendonça, estreia no dia 19 de setembro, às 20 h, no Sympla, em curta temporada.

“Noia” é uma metáfora da atualidade com pessoas passíveis das mais diversas paranoias ao longo da sua reclusão e um assassino invisível que vitima milhares de pessoas por todo o mundo e deixa marcas profundas naqueles que conseguem escapar da infecção ou sobrevivem ao ataque furioso. O vírus mata o homem. O homem mata o homem. O homem não mata o vírus. O vírus é o homem.

Embora pareça um documentário da realidade brasileira, trata-se de uma obra de ficção por Maria Fernanda Gurgel adaptada por Jean Mendonça, com livre inspiração em clássicos do cinema mundial como A hora do pesadelo e Psicose, e da televisão brasileira como “Vale Tudo” e “Baila comigo”.

Além dos fragmentos e trilhas adaptadas dessas obras, “Noia” inspira-se no “novo normal” da humanidade: contatos virtuais sem o calor da presença, cancelamentos e aparências dissimuladas. Somos mesmo o que mostramos ser? O experimento utiliza do mundo externo assolado pela peste covidiana para falar de forma bem-humorada das angústias daqueles que tentam sobreviver ao vírus e ao isolamento.

Duarte, Odete, Helena e Fábio vivem suas paranoias no mundo caótico assolado pela pandemia da Covid-19. Encontram-se numa sala e expõem suas vivências atormentadas pela solidão do isolamento social. Duarte (Alexandre Contini) é, fissurado pelas Helenas do novelista Manoel Carlos e em tramas de assassinatos. Odete (Isley Clare) é viciada em remédios para dormir, biscoitos de gergelim e na vida alheia. Já Helena (Renata Khatchadourian) é uma mulher sedutora que não permite a aproximação e o contato das pessoas que tanto ligam para seu celular e Fábio (Pedro Roquete Pinto) é um jovem que teme a morte ao dormir e por isso passa dias e noites segurando o sono. Por fim, Clarice (Juliana Búrigo) salta do clássico do cinema O Silêncio dos Inocentes e entrelaça as histórias dessas quatro vidas paranoicas ligadas por um crime brutal de assassinato virtual, o assassinato do Rocha.

Quem matou o Rocha? Mataram-no? Matou-se? É um mistério que só Clarice poderia desvendar a partir do depoimento das duas testemunhas presentes na sala virtual e dos quatro suspeitos.

A dramaturgia original teria um encontro entre os quatro personagens num banco de uma praça num centro urbano em torno das suas vidas paranoicas e da notícia do assassinato do Rocha. O dramaturgismo elaborado pelo diretor e elenco levou para a web a obra feita para os palcos. Agora, ao invés de um banco numa praça, os quatro encontram-se numa sala virtual.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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