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“O Diabo existe” apresenta o Brasil como um grande laboratório de monstros, em 14 contos

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O Diabo existeLivro “O Diabo existe” apresenta o Brasil como um grande laboratório de monstros, em 14 contos. O autor estreante, Adilson Matos, mostra que o espanto nasce de situações mais banais e que o horror está no meio de nós. Compre o livro!

No livro “O Diabo existe e outros contos”, o autor faz uso dos códigos de gênero do horror e do terror para tratar da onda de ódio e violência que assolou o Brasil nos últimos anos.

Gestada durante a campanha que elegeu Jair Bolsonaro e concluída na pandemia, a obra lança mão de um conhecido arsenal de criaturas e situações recriadas no contexto de uma conjuntura política e social caótica, com monstros e criaturas sobrenaturais coexistindo com a polícia que atira antes de perguntar, o feminicídio e violentos apologistas da ditadura.

No mês de celebração do Halloween, festa que vem ganhando a cada ano mais espaço no Brasil, o autor lembra que o brasileiro tem seus próprios monstros, atuais e ressurgidos. Todos eles estão por aí, fantasiados ou não, sem medo de serem reconhecidos, ocupando diferentes esferas do poder.

“O cineasta Rogério Sganzerla dizia que o horror não está no horror. Era um outro contexto, claro, mas me lembrei dessa frase quando vi a notícia de uma mulher com problemas mentais que havia sido agredida por populares após uma página na internet acusá-la de bruxaria. O livro nasceu aí, ainda que a escrita, propriamente, tenha começado bem depois”, conta o autor.

Para o jornalista, diretor e roteirista, mestre em Meios em Processos Audiovisuais pela USP, Francis Vogner dos Reis, que assina o posfácio: “É como se o Brasil fosse um grande laboratório de monstros, fantasmas e fins de mundo. (…) Adilson Matos junto a outros ficcionistas contemporâneos é um cronista que observa que o motor do horror se encontra no cotidiano ordinário”.

O livro faz também uso do humor, como no conto “O Invasor”, divertida homenagem à obra de Marçal Aquino. Como material extra, um conto “censurado” vem encartado em envelope de papel pardo e carimbado pelo “Dops”.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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