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O legado de “Duna”: A ficção científica, de Frank Patrick Herbert, é mais importante da história

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 Livro de Frank Herbert é conhecido como uma das obras mais complexas da história da ficção científica.

“A especiaria prolonga a vida, a especiaria aumenta a percepção, a especiaria é essencial para as viagens espaciais… A especiaria existe em apenas um planeta. Um planeta desolado com vastos desertos. O planeta é Arrakis, também conhecido como “Duna”, estas são as palavras de abertura do filme de David Lynch, Duna, de 1984, agora, mais de 35 anos depois, o épico de Frank Patrick Herbert retorna ao cinema em uma versão mais fiel à obra original.

Agora, por que “Duna”, é a ficção científica mais importante de todas? Esta é a questão que vamos tentar revelar abaixo.

Tempo e Espaço
O futuro é, certamente, o tema mais abordado em praticamente toda ficção científica. Asimov, Arthur C. Clarke, Philip K. Dick, todos mostram futuros com robôs onde a tecnologia é soberana. Contudo, Frank Herbert dá um passo além. Porém, ao invés de colocar sua história mil anos no futuro ou alguns séculos, ele começa “Duna” em 20 mil anos no futuro. Opressão de corporações mega poderosas? Tecnologia avançando ao passo da vida ser uma obra da tecnologia? Guerra contra as máquinas? Tudo isso aconteceu, de fato, e virou história. Pois “Duna” é tão no futuro que a humanidade se tornou alienígena para nós mesmos.

Depois da guerra contra as máquinas, conhecida como Jihad Butleriano, a humanidade abriu mão de inúmeras formas de tecnologia onde a máquina poderia ter certa inteligência, e começou a usar engenharia genética para criar seres humanos com capacidade de processamento rápido, e outras criaturas com habilidades próprias. Aliás, tudo isso é graças a Melange, a Especiaria das Especiarias. O produto mais valioso de todo o universo e o mais essencial para o funcionamento do império humano.

Além disso, a Melange só pode ser achada no planeta deserto de Arrakis, um feudo que concedido a família Harkonnen, até que o Imperador troca a soberania dos Harkonnen pela família Atreides. O motivo? Política. A política do poder para obtenção e manutenção do mesmo é o objetivo de todas as Casas Maiores do Império.

Contudo, além da da política, “Duna” é muito permeada por religião através da ordem matriarcal das Bene Gesserit. Esta irmandade de mulheres foi criada dentro da instabilidade do Jihad Butleriano, para agir como agente político para o avanço da humanidade. Seu maior objetivo era criar um ser humano homem que pudesse obter os poderes de uma Bebê Gesserit, um homem chamado de Kwisatz Haderach. Esse é só um resumo do universo de “Duna”, ou melhor dizendo, um resumo do resumo do resumo, pois resumir seis livros seria uma tarefa quase que impossível.

O Autor e sua Obra.
Frank Patrick HerbertA saga foi escrita por Frank Patrick Herbert em 1965, dentro do contexto da Guerra Fria. O sistema de intriga política e manutenção de poder foi totalmente baseado na geopolítica do auge da Guerra Fria, vamos lembrar que em 1962 o mundo nunca esteve tão perto da guerra nuclear com a Crise dos Mísseis Cubanos. E a Especiaria nada mais é que petróleo, sendo ainda a matéria-prima energética mais importante do planeta. Mesmo com os esforços mundiais da renovação energética, o ouro negro permanece indispensável.

Aliás, muito se compara “Duna” com “Senhor dos Anéis”, mas, contudo, existe uma diferença brutal entre as obras, além do seu gênero literário. Tolkien sempre deixou claro que seus livros não eram alegorias, não havia uma mensagem sobre a realidade por trás da Terra-Média. Enquanto de Frank Patrick Herbert cria em “Duna” uma total e completa alegoria.

 Além disso, dentro da esfera política, Herbert também explora como a religião é um fator da política. Para ele, todas as ações são ações políticas, mesmo as religiosas. Outro elemento político é a forte crítica ecológica dentro de “Duna”. Arrakis só tem importância por possuir Melange, e nenhum outro planeta ou ser vivo do Universo ficará no caminho da extração da Especiaria. Mesmo que isso envolva genocídio, escravidão e tortura, na batalha por poder, vale tudo.

O Legado das Dunas
Como já dito, assim como “Senhor dos Anéis” colocou a fantasia em outro patamar, “Duna”, de Frank Patrick Herbert, colocou a ficção científica em outro escalão, totalmente diferente.

Certamente, nenhuma outra saga de ficção foi mais premiada que “Duna”, além disso, nenhuma ainda se mostra tão atual como ela. Qualquer um que ler a saga ainda pode entender a alegoria, além de correlacionar os elementos com os elementos sociopolíticos da sua realidade. Os jogadores mudam, mas o jogo ainda é o mesmo, a roda do poder nunca para de girar.

Hoje nós discutimos nossas ações agressivas com relação ao planeta, quebramos a cabeça para não nos tornarmos totalmente dependentes de uma única fonte de recurso, os países lutam com unhas e dentes até nas sombras da política, enquanto guerras silenciosas são travadas pela manutenção do poder. Detalhe que Herbert escreveu sobre tudo isso no século passado. Por isso “Duna” é tão forte, porque ela ai!

Confira a critica do filme!

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