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Eternos expande o universo Marvel com roteiro confuso

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EternosO anúncio de Eternos soou ao público da mesma forma de Guardiões da Galáxias, “mas quem são esses caras?”. Criado pelo gênio dos quadrinhos, Jack Kirby, em 1976, pela Marvel Comics, Eternos ganha agora sua versão cinematográfica, introduzindo o grupo dentro do Marvel Cinematic Universe.

Exatamente como Guardiões da Galáxias, a Marvel tinha carta branca para fazer o que quisesse com esses personagens, já que eles são muito pouco conhecidos pelo público em geral. Aliás, Os Eternos foram criados baseados na teoria ufológica de Erich von Däniken, elaborada em seu livro “Eram Os Deuses Astronautas?”, onde, o autor levanta a discussão de que alienígenas teriam visitado os povos primitivos da humanidade e os ajudado a se desenvolver. É justamente nesse ponto que o roteiro usa muito dessa teoria em sua história, assim introduzindo flashbacks em várias sociedades que teriam tido contato com esses “astronautas”, como a Suméria, Babilônia e o império Maia.

Além disso, os nomes de vários personagens são baseados em figuras mitológicas de divindades ou heróis, além de serem também baseados na teoria de Von Däniken. Como Ikaris (Richard Madden) e Ícaro, Thena (Angelina Jolie) e Atena, Gilgamesh (Ma Dong-seok) e o deus-herói da Mesopotâmia.

O roteiro desta obra é muito diferente de todas as produções Marvel até então. Repleto por referências históricas muito pequenas, como as lendas Arturianas e a Tábua de Esmeraldas, que mostram que os Eternos estão presentes em cada lenda e mito da humanidade, este é o filme mais maduro do MCU, e isso se percebe até nas piadas. Não é que o longa seja fora do espectro juvenil, contudo ele possui mais camadas que o público habitual do estúdio pode não estar acostumado. E isso não é mal, muito pelo contrário, pode ser bem positivo para o conteúdo artístico da Marvel. O perigo está no sentido mercadológico, já que o público alvo pode achar o filme chato em certos momentos.

Os Eternos são agentes do Celestial Primordial Arishem para combater a raça dos Deviantes, predadores que caçam vida inteligente. O grupo viaja de planeta em planeta eliminando os Deviantes e protegendo a vida inteligente. O combate entre os personagens é muito bem feito, os poderes de cada um são simples e claros, e, aliás, cada um tem seu papel nas cenas de ação.

Aliás, se existe algo questionável no roteiro reside na figura de Ikaris, isso é de conhecimento de Zhao, que é uma grande fã da DC, ela aproveita isso ao comparar Ikaris com o Superman em uma piada muito boa. Todavia, no momento que ela traz essa semelhança entre os personagens, todo resto fica muito gritante. A forma de voo, os poderes, vários planos onde o personagem aparece lembram demais a forma que Zack Snyder retratava o Superman em seus filmes. Isso acaba por descaracterizar o personagem de um ser separado com suas próprias questões para uma versão genérica do homem de aço. O que é uma pena, porque o personagem, e todos os Eternos, tem seu arco de personagens muito bem desenvolvidos.

De todos os filmes da Marvel, Eternos, certamente, tem um dos maiores cunhos de diretores autorais. O estilo de Zhao é muito claro em todas as partes técnicas do filme contando ainda com uma fotografia contemplativa e aberta mostram o belíssimo senso estético da diretora.

Encerrando com um final aberto e duas cenas pós crédito, Eternos é,e, o filme mais sério e maduro do MCU. Com a direção de Chloé Zhao e com grandes nomes no elenco, como Angelina Jolie e Salma Hayek.

 

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