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“Iolanta – A princesa de vidro” faz temporada no CCBB Rio de Janeiro

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Espetáculo explora as mais consagradas obras do compositor russo Tchaikovsky.

Iolanta – A princesa de vidroInspirado na obra russa “Yolanta”, de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, a opereta infanto-juvenil “Iolanta – A princesa de vidro” apresenta o mundo sensorial de Iolanta, uma princesa cega.

 Iolanta perde a visão devido a um acidente ainda bebê e cresce de uma maneira inusitada: sem saber que é cega! O pai superprotetor, rei de Borgonhópoles, esconde de todos a condição da filha e constrói seu mundo de forma que ela nunca descubra que é cega. Iolanta cresce isolada no meio das montanhas e longe da maldade humana.

 “Justamente por não saber que lhe falta algo, a Iolanta representa um dom além dos sentidos. Por ser cega, ela explorou profundamente a beleza do mundo invisível. Ela, surpreendentemente, se comunica com natureza, fala a língua dos pássaros, das flores”, conta Vanessa Dantas, que já esteve à frente de bem-sucedidas adaptações de óperas de Gioachino Rossini e Gaetano Donizetti para o teatro infanto-juvenil.

“Iolanta – A princesa de vidro” é, certamente, uma história sobre a descoberta dos sentidos e sobre o poder de transformação e cura do amor.

O espetáculo explora as mais consagradas obras do compositor russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky, desde os balés “A bela adormecida”, “O quebra-nozes” e “O lago dos cisnes”, além de temas das sinfonias nº 5 e nº 6 e de concertos.

“Fizemos uma grande revista da obra Tchaikovsky. São temas conhecidos, já abordados no cinema e em desenhos animados. As pessoas, certamente, vão reconhecê-los e se surpreender pela forma como foram usados no enredo”, diz Wladimir Pinheiro.

 Além disso, o cenário criado por Glauco Bernardi foi inspirado nas arquiteturas francesa e italiana do século XIX, e no artesanato da cultura popular russa do mesmo período. Um grande realejo, com seus muitos compartimentos e seus bonecos mecânicos, representam os personagens que vão ganhando vida ao se transformarem nos atores.

Na ópera original, a história se passa no século XV, nas montanhas do sul da França. Nesta adaptação, a peça ganha contornos brasileiros, sendo ambientada no período colonial na região da Serra do Órgãos, no Rio de Janeiro. Os reinos de Borgonhópolis e Provenzópolis foram inspirados nas cidades de Petrópolis e de Teresópolis, respectivamente. O Parnaso é a riquíssima e fértil terra situada entre os dois reinos, disputada pelas famílias reais D’Aquém e D’Além – de onde vêm, respectivamente, os jovens Iolanta e Florian. Em meio às desventuras desta discórdia, os dois acabam se apaixonando.

“A peça traz a ideia de que na diferença você tem a possibilidade de um encantamento amoroso. É na singularidade do outro que você percebe uma outra percepção da vida, possibilitando a paixão. Nesse sentido, acho muito moderno montarmos esse espetáculo agora, nesse momento de tanta polarização”, analisa Daniel Herz.

Da infância de Tchaikovsky (1840-1893), sabe-se que seu dotes musicais apareceram cedo, porém não recebeu educação neste sentido, pois seus pais achavam que a música não seria saudável para uma criança tão sensível e até mesmo neurótica. Por conta de sua condição, sua babá costumava chamá-lo de “menino de vidro”, por sua fragilidade.

Anos mais tarde, ao assistir a uma encenação do conto de fadas dinamarquês “Iolanta”, em 1891, Tchaikovsky se identificou tão profundamente com a personagem-título que se sentiu movido a transformá-la em ópera.

  SERVIÇO:
“Iolanta – A princesa de vidro”
Temporada: de 22 de janeiro a 13 de março de 2022
Dias e horários: sábados e domingos, às 16h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Teatro II (Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro)

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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