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Flávio Cavalcanti, um dos maiores apresentadores da televisão brasileira, ganha livro sobre sua história

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Flávio Cavalcanti“Senhor TV — A vida com meu pai” é, certamente, um relato apaixonado de quem acompanhou o apresentador por uma vida inteira e que nos leva a entender com detalhes Flavio Cavalcanti, a mente brilhante, criativa, batalhadora e controversa que comandou programas de rádio e de televisão entre as décadas de 50 e 80.

O livro foi escrito por seu filho, Flavio Cavalcanti Junior que, além de ter trabalhado muito com pai, tornou-se um executivo de sucesso na área de comunicações. “O livro busca desvendar como funcionava a cabeça do meu pai, suas ideias, sua coragem, suas aparentes contradições e seu refúgio junto a família” , conta o autor.

Aliás, “Nossos comerciais, por favor”, “Um instante, maestro!” são uns dos mais famosos bordões televisivos, criados por esse gigante da TV, um dos grandes comunicadores brasileiros, ao lado de Chacrinha e Silvio Santos. Porém seu diferencial era o estilo polêmico, que ele cultivava com gosto, e que lhe rendeu problemas, desafetos, mas, claro, muita audiência.

Flavio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti, nasceu no Rio de Janeiro em 1923. Ainda jovem, a conseguiu um feito impressionante para sua época: uma entrevista exclusiva com o presidente norte-americano John F. Kennedy. Além disso, foi também o criador do primeiro júri da televisão brasileira.

Pela extinta Rede Tupi de Televisão, apresentou o primeiro programa a ser exibido em rede nacional, e que se tornaria líder de audiência. Entre suas outras marcas eram tirar e colocar insistentemente os óculos de armação escura e grossa, ter a mão levantada com o dedo em riste e quebrar diante das câmeras os discos dos cantores que se apresentavam em seu programa e que, para ele, representassem músicas e letras de baixa qualidade.

Flavio, certamente, criou um estilo eclético de fazer seus programas, misturando música e o jornalismo. Além disso, o livro mostra como Flavio Cavalcanti enfrentou o Governo Militar, que apoiou nos seus primeiros momentos, e dele se afastou, tão logo percebeu que a movimento tinha acabado em ditadura. “Senhor TV — A vida com meu pai” também traz em detalhes a relação pai e filho.

Em 22 de maio de 1986, após chamar os comerciais, Flavio Cavalcanti não voltou do intervalo para dar sequência a seu programa. Uma isquemia no coração fez o apresentador ser levado para o hospital e ele morreu quatro dias depois. A importância de Flavio para a história da televisiva no Brasil pode ser medida por uma atitude do SBT, o então canal da atração. A rede saiu do ar durante 24 horas, exibindo para seus telespectadores apenas um letreiro: “Estamos tristes com a morte do nosso colega Flavio Cavalcanti, que será sepultado hoje, em Petrópolis, às 16 horas, quando então voltaremos com a programação normal”.

Pouco depois desse horário, a emissora voltou ao ar. O corpo de Flavio Cavalcanti havia descido à sepultura. E seu nome já estava nos céus da história televisiva.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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