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Teatros Princesa Isabel, Brigitte Blair e outros ganham sobrevida com aporte de manutenção da FUNARJ

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FUNARJSeis teatros fluminenses que corriam risco de encerrar suas atividades ganharam uma ajuda para não fecharem as cortinas, com aporte de manutenção da FUNARJ. Contemplado pelo Edital de Estímulo à Manutenção de Teatros de pequeno e médio porte do Estado do Rio de Janeiro,  o grupo assinou o Termo de Concessão de Prêmio para poder receber o aporte financeiro.

O Teatro Cândido Mendes (103 lugares) receberá R$ 240 mil, a Sede da Cia dos Atores (60 lugares), R$ 180 mil; Teatro Sonora (100 lugares), R$ 180 mil; Teatro Brigitte Blair (130 lugares), R$ 240 mil; e o Teatro Espaço de Criação Intrépida Trupe (190 lugares), R$ 240 mil. O Teatro Princesa Isabel, de 300 lugares, receberá R$ 300 mil. “Eu digo sempre: ‘eu nunca precisei do Governo’. Precisava das minhas pernas para viajar e pegar os recursos para poder sustentar o Teatro Princesa Isabel. Durante todo esse período, nunca corri atrás de Secretaria, Governo Estadual ou Municipal. Vivia minha vida independente de tudo aquilo que me ofereciam. Pela primeira vez, eu estou aqui, honrado, porque estou diante de um órgão que tenho no meu conceito. Isso é uma coisa que faltou a vida inteira e estou encontrando hoje neste órgão (FUNARJ) que está aqui, através desse pessoal. Tenho uma admiração enorme e me sinto à vontade para dizer isso”, elogia Orlando Miranda, aos 89 anos, dono do teatro localizado na Avenida Princesa Isabel, no Leme, Zona Sul do Rio.

 “O Teatro Brigitte Blair, em Copacabana, vai voltar a funcionar. Eu, depois da Covid-19, já tinha desistido dele voltar. Estava todo fechado. Eu ia desistir. Não desisti por causa desse projeto. Agora vou continuar”, comemora Brigitte Blair, dona do teatro que leva o seu nome.

César Augusto, da Sede da Cia dos Atores, que também foi contemplada no Edital, evidenciou a importância de estar ao lado de nomes importantes da arte. “Estar dentro deste grupo é um privilégio, orgulho e também me sinto honrado e emocionado. Que esse edital continue porque o teatro brasileiro merece e está sempre na luta. A gente sabe disso, mas também quando a gente consegue, é um prazer e receber isso não é só um privilégio, mas uma necessidade e uma forma de garantir o nosso futuro sabendo que a gente tem história”, destaca.

ORIGEM DO EDITAL

José Roberto Gifford, presidente da FUNARJ, explica como surgiu a ideia do edital. “Houve uma reunião na Alerj, junto com o presidente da Alerj, André Ceciliano, extremamente ligado à área cultural e que se preocupa com isso. O Orlando foi lá conversar e fui junto. O André perguntou de qual maneira a gente poderia ajudar o Teatro Princesa Isabel para que não feche. Eu perguntei: ‘mas é só o Princesa Isabel? Um só a gente não pode, então vamos ajudar todo mundo”, detalha.

“Evidente que a gente tem uma série de restrições em função da legislação, que não permite que a gente possa aceitar todos por uma série de exigências e documentações. Todo mundo que recebeu esse prêmio cumpriu uma tarefa que é árdua, mas necessária porque a legislação nos obriga a fazer isso”, completa José Roberto.

Podiam participar os espaços cênicos de território fluminense em funcionamento há mais de 10 anos. As instituições deviam ser destinadas a apresentações abertas ao público em modalidades como: montagem teatral, performances, musicais, entre outros, administrados por pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos. Os teatros recebem o aporte de acordo com o projeto enviado para o edital e deve executá-lo de acordo com cronograma.

“Demorou um pouco mais do que a gente gostaria em função de toda a legislação, mas hoje estamos premiando aqueles que venceram essa barreira e podem receber essa ajuda. Espero que ajude e que a gente consiga fazer isso novamente. A ideia é que a gente consiga fazer isso de forma que, depois de um certo tempo, as coisas se normalizem”, pontua o presidente da FUNARJ.

O passo seguinte para os contemplados é abrir uma conta para receber o aporte, que será feito de forma parcelada. Os projetos apresentados poderão utilizar os recursos financeiros em planejamento de pequenas reformas estruturais para manutenção e funcionalidade do espaço, custos operacionais e apresentação de proposta de ocupação artística durante o período financiado e projeto de formação de plateia, prevendo gratuidade em 15% (quinze por cento) dos ingressos de bilheteria destinados a estudantes, professores e funcionários da rede pública de ensino.

“O setor cultural foi duramente impactado com as restrições impostas pela pandemia. Até hoje, a recuperação desses espaços, em especial dos teatros, estava em xeque. A FUNARJ espera com este edital dar um gás para que tantos equipamentos importantes na história da cultura fluminense não fechem as cortinas sem data para reabrir”, pontua José Roberto.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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