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“Mazorca na Bandalha” na Sala Baden Powell

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"Mazorca na Bandalha"Em meio à pior fase da pandemia e o clima tenso que pairou sobre a humanidade, o ator, escritor e roteirista Bruce de Araújo sentia a necessidade urgente de rir e fazer rir, assim, nasceu o texto “Mazorca na Bandalha”.

 Dirigido por Vilma Melo e com produção da WDO Produções, o texto vencedor do “Prêmio do Humor” em 2021 apresenta o encontro de dois casais de classe média alta para uma noite de swing, onde a troca é permeada por questões que vem atravessando a geração Millennials. E o que seria um mero encontro casual, com o desenrolar da trama, ganha ares de absurdo e se transforma num divertido caos.

“Meu ponto de partida foi escrever uma peça de humor. Eu precisava rir e ter esperança, e disso nasceu a vontade. O tema do swing veio como uma ideia que chegou e não saiu mais, então fiz estudos e comecei a escrever. Os personagens foram se apresentando, ganhando vida própria e eu fui gostando deles e rindo com eles”, relembra Bruce ao falar de suas crias, o casal Suzana e Bismarck (Carolina Pismel e Daniel Bouzas) e Marcele e Fábio (Clara Moneke e William Costa). Após algumas apresentações haverá o “Swing de Ideias”, conversas com especialistas sobre assuntos pertinente à vivência da sexualidade e seus tabus (detalhes no Serviço).

Fruto de um casal inter-racial, Bruce refletiu na criação dos personagens sua subjetividade, antes mesmo de saber das exigências do edital em que inscreveu seu texto para a disputa pelo Prêmio. “O concurso do Prêmio do Humor tinha como condição uma equipe 50% formada por pessoas brancas e 50% por pessoas pretas, e a peça já tinha essa formatação. Ou seja, por coincidência, parece que o concurso foi feito para esse projeto”, diverte-se ele, para quem a peça já veio em mente com duas pessoas pretas e duas brancas no elenco.

“Eu só tive que fazer a escolha de como seria esse quebra-cabeça dos casais, e optei por esse recorte de ser um casal preto que encontra um casal branco. Mas, além deste, temos na trama vários temas entrelaçados. A própria bissexualidade das personagens, essa ideia das novas famílias contemporâneas, a fragilidade do homem hétero branco sendo confrontada, além do empoderamento feminino”, sublinha Bruce.

Ainda segundo o autor, que delineou seu texto tendo o swing como mote do encontro entre os casais, o sexo bom tem humor. “Nada melhor do que transar e rir ao mesmo tempo. Rir é afeto. Rir é uma forma de orgasmo. E como sexo é muito íntimo e um momento de descoberta do outro, muita coisa pode ser engraçada. Uma cãibra durante uma posição acrobática, uma fala ‘erótica’ deslocada, um acidente caindo da cama, a maneira que uma pessoa geme e por aí vai”, acredita.

A montagem de um texto que já chega premiado é sempre cercado de expectativas e, para a diretora Vilma Mello, a busca da cena foi seguir o sentido da criação do texto, que é fazer rir. “Nós, artistas, buscamos o ideal, o acerto, ou o mais próximo que possamos estar dele, ainda que por vezes não consigamos. Buscamos nos aproximar das exigências que o texto tem, e fazer rir não é fácil. O riso por si só é tarefa árdua e de responsabilidade e, quando falamos em um prêmio de humor, redobram as expectativas e consequentemente o frio na barriga”, pondera.

Aliás, um dos maiores desafios para a diretora é manter equalizado o impacto do texto aos olhos do espectador. “Bruce tem uma escrita direta e contundente, cercada de detalhes que têm uma importância ímpar para o desenrolar da trama. Tudo se encadeia, nenhum detalhe é em vão. No texto os personagens estão muito bem delineados nas suas características e motivações. Assim, cada passo, cada ação e decisão tomados por eles, embora possam parecer estranhas à primeira vista, são extremamente coerentes se acompanharmos com ouvidos e olhos atentos suas trajetórias – somando-se ainda com a camada da interpretação dos atores”, adianta Vilma.

“Esse é um texto sobre o amor, sobre o estar junto, sobre o construir, sobre o caminhar. Quando olhamos nossos atos anteriores e colocamos uma lente de aumento, percebemos o quanto podemos nos divertir. Então o caminho é como colocar um espelho desses de parque de diversão que aumenta a nossa imagem e deixar fluir… Estaremos ali refletidos, exatamente como nos comportamos. Claro que com técnica, apuro, muito trabalho, pesquisa e suor”, finaliza Vilma.

SERVIÇO:
“MAZORCA NA BANDALHA”
Temporada Baden Powell: 06 a 16 de outubro
Quando: 5ª a Domingo
Horários: Quinta a sábado às 20h, Domingo às 19h
Local: Sala Municipal Baden Powell (Av. Nossa Sra. de Copacabana, 360 – Copacabana)
Classificação Indicativa: 12 anos
Temporada Ipanema: 20 a 30 de outubro
Quando: 5ª a Domingo
Horários: Quinta a sábado às 20h, Domingo às 19h
Local: Teatro Municipal Ipanema (Rua Prudente de Morais, 824 – Ipanema)

Ingressos: pelo link https://linktr.ee/mazorcanabandalha

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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