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“PANÇA” faz circulação pelo Rio de Janeiro, com ingressos gratuitos

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Com dramaturgia e direção de Cecilia Ripoll, “PANÇA” se inspira no surgimento da máquina de imprensa, inventada por Gutenberg no século 15, para refletir sobre a comunicação humana, a noção de verdade e a manipulação de discursos na sociedade contemporânea.

Com dramaturgia e direção de Cecilia Ripoll, o espetáculo “PANÇA” constrói uma fábula para tratar da reprodutibilidade da notícia e das falhas da comunicação humana. Depois de uma curta temporada no ano passado, “PANÇA” volta ao cartaz, dia 11 de março no Teatro Ipanema, propondo uma reflexão: quais os efeitos que o poder de circular ideias pelo mundo gera na sociedade?

Não é raro nos sentirmos perdidos e confusos diante da quantidade de informações (verdadeiras e falsas) a que temos acesso diariamente pelos meios de comunicação e redes sociais. A circulação de notícias, obras e ideias está em profunda transformação no mundo atual, passando por fenômenos como os da “fake news”, mas também ampliando em nível vertiginoso nossa possibilidade de acesso ao conhecimento.

Com estrutura cômica e farsesca, a peça acompanha a história de um talentoso e endividado escritor que, de seu pequeno vilarejo, escuta falar sobre a mais nova invenção da capital: a famosa máquina de imprensa. Com desejo de ampliar a venda de seu mais recente romance, o autor se endivida ainda mais para conseguir comprar a copiadora mecânica. Cheia de peripécias e reviravoltas, a trama faz referência ao surgimento histórico da máquina de tipos móveis (a primeira versão ocidental de copiadora mecânica), divisor de águas na história da humanidade que permitiu a produção em série dos livros, até então copiados um a um a mão.

“Sem compromissos rígidos em dar conta de contexto ou fatos históricos, a fábula está mais preocupada em se perguntar o que acontece com a sociedade quando surgem avanços que transformam a capacidade de reprodutibilidade de obras e ideias. Como a ampliação dos meios de reproduzir discursos impacta na transformação social e no imaginário dos indivíduos?”, questiona a autora e diretora Cecilia Ripoll.

Para criar a dramaturgia de “Pança”, a autora também se inspirou em clássicos como “O inspetor geral”, de Nikolai Gogol; “Arlequim, servidor de dois patrões”, de Carlo Goldoni; e “Galileu Galilei”, de Bertolt Brecht. “São três textos que eu já li várias vezes e que tocam em temas que eu tinha vontade de desenvolver, ela explica, “Galileu Galilei” me instiga a refletir sobre os artifícios usados por artistas que desejam pesquisar, sem precisarem ficar à mercê de esquemas engessados. “O inspetor geral” é uma peça que deixa em evidência o ridículo do ser humano a partir de um equívoco, revela o patético por trás de algumas instituições e relações de poder. E “Arlequim, servidor de dois patrões” me inspirou no aspecto formal. A estrutura da trama, com encadeamentos muito precisos, me encanta”

Serviço:
Centro Cultural Casa Uivo, em Paracambi: 08/10, às 16h.
Endereço: Rua Farmacêutico Dilon Salgueiro (Beco do Cristiano), 320 – Centro – Paracambi.
Centro Cultural Código, em Japeri: 15/10, às 15h.
Endereço: Rua Davi, 397 – Nova Belém – Japeri
Biblioteca do Centro Cultural Justiça Federal, Centro: 22/10, às 16h.
Endereço: AV. Rio Branco. 241 – Centro – Rio de Janeiro.
Faculdade de Letras da UFRJ – Pátio central: 25/10, às 10h.
Endereço: Av. Horácio Macedo, 2151 – Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ilha do Fundão), Rio de Janeiro
Sede das Cias: 03 a 06/11, às 20h. 05/11 com Intérprete de Libras
Endereço: Escadaria Selarón, Rua Manuel Carneiro, casas 10 e 12 – Santa Teresa, Rio de Janeiro – RJ

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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