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Renata Di Carmo celebra bicentenário de Maria Firmina do Reis, em livro

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Renata Di CarmoA multiartista, Renata Di Carmo, que assina séries como “Candelária” e “Torto Arado”, lança o livro ‘AS FACES DE MARIA FIRMINA DOS REIS: Diálogos Contemporâneos’. No livro, a autora traz uma densa e afetuosa trama de diálogos entre potências de escritas de autoria feminina preta, com diálogos entre Maria Firmina, Lélia González, Djamila Ribeiro e Marielle Franco

O novo livro, de Renata Di Carmo, centra atenção no romance oitocentista Úrsula, da escritora Maria Firmina dos Reis, a partir de intervenções de pensadoras como Lélia Gonzalez e Djamila Ribeiro. A ideia é examinar diferentes ações intelectuais que, articuladas, propuseram dar centralidade à voz de mulheres negras. Trata-se de um diálogo propositivo entre intelectuais que se comprometeram à reflexão acerca de suas próprias condições de inserção em uma sociedade fortemente marcada pela permanência constitutiva de rastros da experiência colonial no Brasil. A partir de clivagens étnicas e de gênero, a análise do romance se articula a outras vozes femininas que já, no século XX, se notabilizaram através de gestos de resistência e de insobordinação, ecoando, simultaneamento, o que a autora chama de “projeto” de Maria Firmina dos Reis.

 Em seu novo livro, “AS FACES DE MARIA FIRMINA DOS REIS: Diálogos Contemporâneos”, a autora traz uma densa e afetuosa trama de diálogos entre potências de escritas de autoria feminina negra, com diálogos entre Maria Firmina, Lélia González, Djamila Ribeiro, Marielle Franco, além da própria Renata. Renata nos mostra que Firmina tinha o que ela define como um projeto de liberdade e vida. A proposta de análise e interconexões entre as pensadoras é publicado pela editora Bambual e conta prefácio da professora e doutora em literatura Fabiana de Pinho.

Maria Firmina dos Reis, uma das figuras mais importantes para a literatura e história brasileira. Mulher preta, nascida no Maranhão, ela é considerada a primeira mulher a publicar um romance no Brasil. Sua primeira obra foi o romance “Úrsula”, publicado em 1859, com o pseudônimo de “uma maranhense”. O romance traz uma crítica antiescravista e Firmina é pioneira em trazer este assunto na literatura brasileira. Antes de Navio Negreiro, de Castro Alves e de A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. A

pesar da criação humilde, Firmina também foi a primeira mulher a passar em um concurso público para o cargo de professora e atuou como professora primária durante muito tempo. Também, fundou a primeira escola mista do Maranhão, gratuita para os alunos cujos pais não tinham condições de pagar. Apesar dos feitos, como muitas figuras femininas, seu nome foi esquecido até 1969, quando o historiador paraibano Horácio de Almeida encontrou sua obra em um sebo no Rio de Janeiro. Até hoje, seu rosto é desconhecido. Seu nome, entretanto, segue lembrado por aqueles que reconhecem a importância da sua obra e da sua trajetória.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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