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Cristo Redentor ganha livro reunindo material inédito

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Cristo RedentorO livro “O Cristo do Rio: A reconstrução de uma história” é uma compilação de manuscritos, documentos, matérias de jornais, anotações e fotografias garimpados pela produtora, pesquisadora, fotógrafa e documentarista Izabel Noronha, e por diversos escritos e registros de Heitor da Silva Costa, criador e construtor do monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e bisavô de Izabel. Debruçada nessa história ao mesmo tempo familiar, carioca, brasileira e mundial, Izabel vem, desde 2002, reunindo o precioso material contido nesta edição.

Os escritos fazem parte de quatro livros, textos redigidos e entrevistas concedidas por Heitor da Silva Costa, antes, durante e depois de concluída aquela que seria a obra maior de sua vida, um trabalho hercúleo que durou dez anos de total empenho e dedicação. O livro é, portanto, recheado de material retirado de fonte primária, jamais publicado de forma extensiva em nenhum outro trabalho de sua descendente.

 Izabel Noronha incluiu neste livro algumas falas retiradas dos documentários “Christo Redemptor” (com 29 minutos, de 2005) e “De Braços Abertos” (com 52 minutos, de 2008), dirigidos por ela e nos quais os depoentes comentam as suas impressões, memórias, experiências ou vivências relativas ao monumento, buscando, com isso, dar mais vida ao conteúdo do livro. Recentemente, os filmes foram disponibilizados nas plataformas de streaming. O curta “Christo Redemptor”, por exemplo, estreou recentemente no NOW e no Vivo.

Ao longo de 272 páginas e cerca de 200 fotografias (de rascunhos arquitetônicos, detalhes do monumento, da obra em curso, de personagens envolvidos, reproduções da imprensa da época e de discursos do Heitor, entre outras), os conteúdos estão apresentados em nova configuração, numa montagem que prima pelos temas correlacionados, o que pode acarretar, para os que optarem pela leitura linear, um ir e vir de datas e até de informações e eventos. Por outro lado, permitirá que seja consultado de forma independente, sem que se perca a linha condutora de seu teor. Além disso, a partir de janeiro, o livro estará disponível no YouTube como áudio book, com a sobreposição das imagens à narração em áudio.

“Exatamente 20 anos desde que toda essa história entrou em minha vida, sinto que consegui fechar este ciclo tão gigante, podendo deixar um legado tão maravilhoso para todos que se interessarem pelo Redentor. Sempre soube que tinha um material enorme à mão, coletado durante tantos anos. Agora, quando alguém precisar, poderá recorrer a um repositório com o que existe de mais relevante sobre o tema para pesquisas, consultas e verificações. Descobri a importância de honrar e agradecer aos nossos ancestrais”, conta Izabel.

Aliás, a festa de lançamento está marcada para o dia 19 de novembro, das 17h às 22h, no Instituto Pró-Saber, no Humaitá. Haverá um Sarau Literário com duas mesas redondas interligadas, formando um 8, e o microfone passará entre os onze convidados, entre eles o engenheiro Gilberto Valle, os arquitetos Roberto Anderson e João Calafate, os jornalistas Flávio Pinheiro e Maria Cecília Almeida e Silva, além de Izabel Noronha e sua sobrinha, Silvia Noronha, tataraneta de Heitor da Silva Costa.

A ideia é que todos falem sobre as suas relações com o Cristo e leiam trechos do livro. Em seguida, os DJs João Pinaud e Lucas Alves vão abrir a pista do Sarau Musical, com músicos tocando ao vivo e todos dançando para celebrar o livro, que será vendido com exclusividade na Blooks Livraria (Botafogo, Centro e Niterói e também através do site www.blooks.com.br) entre os dias 19 de novembro e 10 de dezembro. Em seguida, estará disponível nas melhores livrarias.

“O Cristo do Rio: A reconstrução de uma história” foi realizado com patrocínio do Grupo Bradesco Seguros, do Grupo Lachmann, da Secretaria Especial da Cultura e do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, e contou com apoio do Instituto Moreira Salles.

Uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o monumento pesa cerca de 1.200 toneladas e foi construído a 700 metros de altura em terreno exíguo, de cerca de 15 x 15 metros, no último platô e com 38 metros de altura, sujeita a intempéries intensas, como ventos que podem chegar 140 quilômetros por hora. O Redentor é muito mais do que um cartão postal do Rio de Janeiro, embora os visitantes não dispensem o passeio de trenzinho até os seus pés.

“Estou certo de que não erra quem disser achar-se no Corcovado o maior monumento de arquitetura da época; maior pelas dificuldades técnicas resolvidas, pelo método de construção empregado, pelas inovações artísticas que oferece e por sua significação moral e religiosa”, escreveu Heitor, em matéria publicada no número especial da revista O Cruzeiro, de 10 outubro de 1931, ciente da grandeza do seu feito, realizado a muitas mãos com dezenas de colaboradores, entre eles os dois franceses que, por muito anos, levaram a fama de terem feito o Cristo como um presente a ser dado pelo seu país aos brasileiros.

 “Quando você vê uma foto do Corcovado sem o Cristo, que coisa estranha, né? Parece absurdo não existir o Cristo ali em cima. A própria corcova da montanha, ela está se encaminhando para aquilo, está pedindo aquilo, parece que foi projetado o morro pensando no Cristo ali em cima. É um achado, uma beleza!”, exulta o cantor e compositor Chico Buarque, em depoimento publicado junto aos dizeres de outras celebridades, entre elas a sua mãe, Maria Amélia Buarque de Holanda.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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