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“Onde estamos imersas” em curta temporada em Copacabana

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"Onde estamos imersas"
Foto: Renato Mangolin

A maneira que você percebe o seu corpo seja como instrumento de uso ou como uma matéria se reinventando em constante relação com tudo que existe é tema do espetáculo de dança “Onde estamos imersas”.

Vivemos hoje em um momento de transformação, com um futuro mais pressentido do que imaginado. Parece necessário fabular novas realidades e formas de pensar, de viver e de se relacionar. O corpo tem um papel importante neste processo, porque é em sua relação com o mundo que reside a capacidade de fundar novas realidades perceptivas e gestuais. É a partir de práticas de anatomia experiencial, na busca por inventar novas narrativas para o corpo, que a coreógrafa Dani Lima criou “Onde estamos imersas”.

Aliás, este trabalho rompe um longo período de abstinência na criação de espetáculos da artista-pesquisadora, que convidou 10 colaboradores de várias gerações, vindos de contextos e trajetórias diversos, para um desdobramento de sua pesquisa de doutorado.

 “Esta pesquisa busca instrumentar o poder de ação do corpo através da aprendizagem de um saber-sentir, relacionando em continuidade a matéria do corpo com a matéria do mundo. Treinar essa escuta do corpo é um gesto de sobrevivência”, conta a coreógrafa.

A ideia do espetáculo surgiu a partir da pesquisa de Dani Lima sobre uma metodologia experiencial de estudo de anatomia e fisiologia — o Body-Mind Centering, criado pela norte-americana Bonnie Bainbridge Cohen — que explora o movimento, o toque e a voz para compreender como a mente se expressa através dos vários sistemas do corpo e vice-versa. Durante a pandemia, a coreógrafa montou um laboratório online sobre o assunto, onde garimpou os artistas que partilham desta criação, explorando uma dramaturgia que pensa corpo e subjetividade como matérias inseparáveis, desconstruindo a metáfora do corpo-máquina construída pela modernidade.

“Dani começou partilhando conosco algumas práticas corporais de BMC e, a partir daí, iniciamos um processo criativo no qual experimentamos novas recombinações possíveis que surgem do encontro entre performers vindos de diferentes contextos e trajetórias. Foram dois meses e meio de um intenso processo através da exploração da corporalização, que vejo como sendo profundamente político e essencial nos dias de hoje”, avalia Babi Fontana, que está em cena e assina a assistência de direção. “Onde estamos imersas é um convite para pensarmos e sentirmos através do corpo: o que está dentro e o que está fora, aquilo que nos rodeia, nossas membranas, o que deixamos entrar e deixamos sair, onde permanecemos, insistimos em ficar, em viver…”, completa a performer Tais Almeida.

“Onde estamos imersas” reúne ainda reflexões nascidas de diálogos com o pensador Ailton Krenak, com o filósofo Emanuele Coccia, e com as biólogas Lynn Margulis e Donna Haraway, entre outras personalidades. Propõe um compêndio de corpos-paisagens que fabulam novos gestos de cultivo, sintonização, cuidado e conexão com corpos humanos e não-humanos.

SERVIÇO:
Temporada: De 08 a 18 de dezembro de 2022
Sesc Copacabana / Mezanino: Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana
Dias e horários: Quinta a domingo, às 20h30.
Duração: 1h20
Classificação: 12 anos
Funcionamento da bilheteria: de terça a sexta, das 9h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 13h às 20h.
Instagram: @ondeestamosimersas
Lotação: 58 lugares.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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