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Pantera Negra: Wakanda Para Sempre – Sequência Presta Homenagem a Chadwick com História Frustrante e Cansativa

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 Todo mundo que amou Pantera Negra sentiu a morte de Chadwick Boseman. Foi como se o verdadeiro rei, o verdadeiro líder tivesse morrido. Foi um choque, uma perda muito grande, que conseguiu em um grande dilema para a Marvel: como continuar a franquia sem seu ator mais amado pelo público? Era um desafio maior do que qualquer possibilidade, e a melhor solução que a produtora conseguiu encontrar – acertadamente – foi admitir que não, não seria possível substituir Chadwick. Ainda bem! Mas, admitir isso não resolvia o dilema.

Pantera NegraApós a morte de T’Challa (Chadwick Boseman) por uma doença, o reino de Wakanda sofreu com a perda e o luto, e eles tiveram a certeza de que nunca mais haveria um novo Pantera Negra para proteger o país pois todas as flores haviam sido queimadas por Killmonger (Michael B. Jordan) e o que restara havia sido usado para tratar T’Challa. Diante dessa notícia, o mundo ocidental cresceu o olho para o vibranium armazenado em Wakanda, certo de que agora sem seu protetor, teria a grande chance de botar as mãos nesta tecnologia. Casualmente, uma jovem e brilhante cientista, Riri Williams (Dominique Thorne), inventa uma máquina capaz de detectar a presença de vibranium, só que seu projeto cai nas mãos erradas e pessoas do mal encontram essa tecnologia no fundo do oceano. Gananciosos, os exploradores começam a se preparar para extrair o material, quando são impedidos por misteriosos seres aquáticos. Diante dessa nova ameaça, a princesa Shuri (Letitia Wright) e a rainha Ramonda (Angela Bassett) terão que tomar importantes decisões sobre o futuro de Wakanda.

Com duas horas e quarenta de duração, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre supera em meia hora o filme original, e esse tempo a mais só serve para cansar ainda mais o confuso roteiro de Joe Robert Cole e Ryan Coogler. A sinopse acima refere-se apenas aos minutos iniciais, para não dar spoilers, mas, quando o dito “vilão” da história entra no enredo – Namor (Tenoch Huerta) – esta introdução é deixada de lado para acompanhar uma interminável batalha dos wakandanos com o novo povo, sendo que o foco principal deveria ser a briga os povos ocidentais que querem roubar o vibranium. Embora o plot seja introduzido, o enredo vai por outro caminho e nunca mais volta para o que foi introduzido logo no início do longa.

Trazendo uma história frustrante e cansativa, o filme de Ryan Coogler encontra boas soluções para a morte de T’Challa, mas infelizmente passa o bastão para uma personagem que fica bem aquém do nobre líder, seja em suas motivações, seja em caráter. Por outro lado, o longa é bem realizado, repetindo a produção de arte brilhante que tanto chamou a atenção no filme original, ainda que em menor proporção. Infelizmente, beleza e efeitos especiais não são suficientes para embalar um filme de quase três horas com uma história entediante e sem sentido.

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre não é uma boa sequência na franquia nem no MCU, mas traz uma cena pós crédito que pode ser o gancho necessário que tanto precisamos para que Wakanda volte a brilhar.

Janda Montenegro
Janda Montenegro
Escritora, roteirista, mestranda em Literatura Brasileira pela UFRJ, crítica de cinema, tradutora e revisora.

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