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“Satisfação”, de Nina Bouraoui, chega ao Brasil

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 "Satisfação"A escritora e compositora Nina Bouraoui, um dos grandes nomes da literatura contemporânea francesa, lança, enfim, “Satisfação”, no Brasil.

Aclamado pela crítica internacional, “Satisfação” foi um dos finalistas do Prêmio Femina de 2021, ao lado de “S’adapter”, de Clara Dupont-Monod, e do ganhador do Goncourt, “La Plus Secrète Mémoire des Hommes”, de Mohamed Mbougar Sarr. A potência do romance vinga no tema da melancolia e da frustração de mulheres que, com seus maridos e filhos, aparentam viver com perfeição. Na verdade, as anotações no diário revelam pensamentos inconfessáveis, traduzindo a angústia de uma mulher insatisfeita no papel que lhe cabe socialmente.

“Nina Bouraoui nos leva a conhecer Michelle, uma francesa que se casou com um argelino, Brahim, que dirige uma fábrica de papel em Argel. Eles têm um filho de 10 anos, Erwan. Michelle, ou melhor, Madame Akli – rima com Madame Bovary – está entediada e registra sua melancolia em cadernos particulares. Ela chegou à Argélia em 1962, na época da independência, e vive em um país onde os casais mistos são desaprovados. Ela não esconde sua atração por Catherine, que é a mãe francesa de um colega de classe de Erwan. Todos os temas caros a Nina Bouraoui são reunidos neste romance clássico”, resume Jérôme Gracin, escritor e crítico literário do Nouvel Observateur.

Já a crítica literária Arnaud Vivian, fundadora e diretora da revista Charles, comentou, “Há toda uma construção sobre a identidade sexual desde a amiga por quem ela está apaixonada, essa Madame Bovary de Argel tem uma filha mas que parece um menino que todos apelidam de Bruce porque ela é fã de Bruce Lee. Estamos em 1974. Ela tem um menino de verdade que não é feminino, mas que é um pouco tímido. Existem todas essas relações entre as crianças, entre as duas mulheres, entre esta Argélia que acaba de se tornar independente. É um romance magnífico. Há muitas flores, muitos perfumes, muitas paisagens, muita culinária. Há algo inebriante na escrita de Nina Bouraoui”.

Nascida na Bretanha, França, em 1967, filha de pai argelino e de mãe francesa, Nina Bouraoui recebeu o Prêmio Inter pelo seu primeiro livro, “La Voyeuse Interdite”, de 1991. Em 2005, ganhou o Prêmio Renaudot por “Mes Mauvaises Pensées”. Amor, desejo, exílio, identidade e angústias sempre permeiam a sua escrita.

Desde que o seu nome apareceu na cena literária, Nina destaca a influência de Marguerite Duras (1914-1996) em sua obra. A vida e as criações dos autores Hervé Guibert (1955-1991), Violette Leduc (1907-1972) e Annie Ernaux, além do roteirista e diretor de cinema David Lynch também podem ser encontradas em seus romances, especialmente em “Mes Mauvaises Pensées”, e também em suas músicas, algumas gravadas por Céline Dion.

O livro de Nina Bouraoui chega aos leitores brasileiros pela Editora Paris de Histórias. O livro será lançado no Brasil em 11 de janeiro, às 19h, na Blooks Livraria, em Botafogo. No evento, conversam a jornalista Cláudia Lamego e a escritora e professora Aline Aimée.

A Blooks Livraria fica na Praia de Botafogo, 316, lojas D e E, em Botafogo.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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