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Flavio Papi reimagina seu mundo em exposição no Centro Cultural dos Correios

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O mundo de Flavio Papi começou a ser construído muito cedo, ainda na infância, quando já produzia maquetes e mini esculturas. Aos seis anos de idade, começou a desenhar com Augusto Rodrigues, na “Escolinha de Artes do Brasil”, e logo em seguida com Ivan Serpa, no MAM, dos 7 aos 12 anos. Seu know-how em arquitetura favoreceu bastante seus projetos em menor escala; hoje, Flavio Papi é considerado o maior maquetista brasileiro, elencando uma extensa e respeitável lista de trabalhos para publicidade, cinema e televisão (TV Globo, a extinta Manchete e Record).

No dia 9 de fevereiro, “O Pequeno Grande Mundo de Flavio Papi”, faz uma retrospectiva sobre sua trajetória de mais de 60 anos, reunindo desenhos, pinturas, esculturas e maquetes, sob curadoria de Dinah Guimarães, no Centro Cultural Correios RJ.

Entre as maquetes mais curiosas, estão a do “Teatro” da novela Mandala (TV Globo), a do “Banheiro”, criada para o clipe do grupo “Paralamas do Sucesso”, dirigido por Andrucha Wadington e vencedor na MTV Awards Brasil, em 96. Além disso, são destaques também na exposição a maquete oficial da Rio 2016 e a recente série “Floresta” (bastante oportuna no momento atual de devastação da Amazônia), criada para uma peça publicitária sobre o Dia do Meio Ambiente.

A exposição também traz antigas mini esculturas, além de esculturas recentes com a temática ecológica, a destruição e o renascimento do planeta, assim como temas ligados à violência humana; o trabalho para o longa “Outras estórias”, de Pedro Bial, e “Lili Carabina”, do cineasta Lui Farias. Maquetes usadas em clipes para bandas de rock e shows musicais para o programa “Fantástico” com artistas como Djavan, Martinho da Vila, Zizi Possi, Angela Maria, entre outras estrelas e para programa “Trapalhões” também estarão expostos.

Segundo a curadora, Dinah Guimaraens (Professora Associada PPGAU/UFF), a obra de Flávio Papi se insere, inegavelmente, em uma criatividade transcendental, que logra decodificar informações novas ao introduzir elementos estranhos (“ruídos”) em dados cotidianos. É possível perceber uma distinção capital entre “arte formalizada” (arte criada pelos artistas) e “arte em estado bruto” (capacidade humana de fruir esteticamente objetos ou fenômenos naturais como crepúsculos)? A atual retrospectiva revela artefatos ecléticos, que mesclam valores artesanais da arte do passado com uma ruptura estética radical”.

 Derivando de uma família de artistas plásticos como Luiz Alphonsus e Domingos Guimaraens, Flavio Papi teve sua obra influenciada pela poesia de Alphonsus de Guimaraens Filho, Afonso Henriques Neto e Augusto de Guimaraens Cavalcanti, devendo sua estética de connoisseurship à exímia modista Sônia Papi, sua mãe, ao bom gosto e escritos da tia Hymirene Papi de Guimaraens, às esculturas e poemas do tio Luiz Papi e ao apoio imprescindível do irmão Pedro Papi. Trata-se de ter olho e gosto, pois o bom gosto é um juiz intemporal perante o qual as obras comparecem, à espera de julgamento…

Serviço:
Visitação: de 10 de fevereiro a 2 de abril de 2023
Local: Centro Cultural Correios RJ (Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro)
Horário: de terça a sábado, das 12h às 19h
Entrada gratuita

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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