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Museu Americano de História Natural anuncia novo Gilder Center

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O Museu Americano de História Natural anuncia os avanços das obras para o Richard Gilder Center for Science, Education, and Innovation, que está rapidamente tomando forma em aço, vidro e concreto projetado. O Museu divulgou uma série de fotos de toda a riqueza artística que já transparece no local, destacando os espaços imponentes e extremamente iluminados que vão abrigar o público do Gilder Center.

Divulgação Gilder Center.

Com seus mais de 20.000 m2, o Gilder Center foi concebido para convidar as pessoas a explorar as fascinantes e abrangentes relações entre as espécies que compõem a vida na Terra, ao mesmo tempo destacando todas as ricas conexões entre os acervos, projetos de pesquisa, programas educacionais e galerias de exposição do Museu. Fisicamente, o Gilder Center conecta diversos edifícios do Museu, criando um campus expandido que atravessa quatro quarteirões de Nova York, dando vida ao conceito planejado inicialmente para o projeto há mais de 150 anos. Intelectualmente, o Centro é um forte símbolo de uma das mensagens mais essenciais do Museu: toda forma de vida está conectada.

“Em um momento em que a necessidade de letramento científico nunca foi tão urgente, nos traz muita alegria e muito orgulho que estamos prestes a inaugurar o Centro Richard Gilder de Ciência, Educação e Inovação, uma instalação importantíssima que vai transformar tanto o trabalho do nosso museu quanto a paisagem cultural de Nova York”, explicou Ellen V. Futter, Presidente do Museu.

Em suas exposições e programas, o Gilder Center alia pensamento baseado em evidências a experiências que transportam nossa percepção e capturam a essência da exploração e da inovação científica. O espaço de exposição do Centro foi concebido pelo escritório de design Ralph Appelbaum Associates e contará com uma série de espaços diferentes:

O Átrio de Exploração Kenneth C. Griffin, um grande espaço cívico de quatro andares que servirá como a nova porta de entrada do Museu para quem chega da Columbus Avenue. O Átrio se abre para o Parque Theodore Roosevelt, criando um caminho que leva direto à região oeste do Central Park. As elegantes e imponentes curvas e recessos do espaço serão o cartão de visitas do Gilder Center para quem chega, incentivando as pessoas a explorar o espaço.

A Biblioteca de Pesquisa e Espaço de Aprendizagem David S. e Ruth L. Gottesman, que dará acesso aos recursos de estudo sem paralelo da Biblioteca do Museu. Com uma vista panorâmica para o oeste, o quarto andar ficará aberto ao público e incluirá uma nova sala de leitura, uma área de exposições, uma sala de estudos em grupo e um espaço para que as pessoas possam simplesmente relaxar para ler um pouco ou consultar o acervo de livros. O local também oferecerá toda uma programação de eventos e exposições que falam sobre a história da ciência através dos acervos do Museu, como o Acervo de Livros Raros, entre outras atividades.

O Núcleo de Acervos Louis V. Gerstner, Jr. fica em uma estrutura vertical com três andares de exposições do chão ao teto que representam cada área temática dos acervos do Museu — biologia de vertebrados e invertebrados, paleontologia, geologia, antropologia e arqueologia — com artefatos que vão desde trilhas de fósseis a trilobitas, chifres a objetos em cerâmica. Além disso, uma série de totens de mídia contará histórias sobre como cientistas analisam os diversos acervos, e painéis de vidro revelarão os espaços de acervos em preparação que formam o coração do Núcleo de Acervos.

Ao todo, o Gilder Center abrigará cerca de quatro milhões de espécimes científicos, ou aproximadamente 12% do acervo do Museu. Os acervos e exposições no primeiro e segundo andares do Núcleo de Acervos têm o apoio da Macaulay Family Foundation.

O Insetário da Família Susan e Peter J. Solomon, a primeira galeria do Museu em mais de 50 anos dedicada ao mais diverso , apresenta insetos vivos e pinados, em exibições gráficas e digitais. Aliás, o Insetário terá espécimes de boa parte das 30 ordens de insetos e vai explorar os papéis vitais que os insetos desempenham nos diferentes ecossistemas. Modelos gigantes de abelhas suspensas sobre o teto guiarão as pessoas pela galeria em direção a uma colossal colmeia na extremidade oeste.

Ao longo do caminho, as pessoas passarão por um corredor suspenso de vidro construído para servir de rota para formigas-cortadeiras vivas, transformando o local em uma das maiores exibições da espécie em todo o mundo. Diversas telas touch ilustrarão insetos comuns dos distritos de Nova York, e uma galeria auditiva vai cercar as pessoas com toda a sinfonia dos insetos do Central Park — inclusive com a capacidade de sentir as vibrações correspondentes.

Com quase 300 m2 de área e aberto todo o ano, o Biotério Família Davis Butterfly  traz  80 espécies de borboletas em voo livre. A galeria oferecerá a oportunidade de passear por uma série de microambientes sinuosos para observar as borboletas, um dos ‘termômetros’ ambientais mais importantes da natureza. Será possível, ainda, identificar as borboletas através de placas de com um cartão ilustrado para cada espécie em voo, atualizadas diariamente. Com a ajuda dos monitores do Centro, visitantes também poderão analisar borboletas em um microscópio digital.

Mundos Invisíveis, uma extraordinária experiência imersiva em 360º que combina ciência e arte para criar imagens de beleza e imaginação estonteantes (e total rigor científico) das teias da vida em todas as escalas. O espaço foi projetado pela Tamschick Media+Space de Berlim e pela Boris Micka Associates, sediada em Sevilha, que trabalharam de perto com especialistas em visualização de dados e cientistas do Museu e de todo o mundo para criar a experiência.

Instalada em um ambiente criado sob medida para o projeto, o Mundos Invisíveis é mais um exemplo da longa tradição do Museu de transportar visitantes por todo o mundo, com seus famosos mini habitats, e também por todo o universo, com criações como os Hayden Planetarium Space Shows, cheios de visualizações informadas por rigor científico.

O espaço começa com uma galeria introdutória projetada pelo Departamento de Exposições do Museu, que flui então para um segundo ambiente de 1.200 m2 com espelhos suspensos no teto e paredes de 7 m de altura que preenchem o ambiente com projeções em todas as escalas, gerando um todo que cria a impressão de infinito. Uma vez dentro do espaço, visitantes assistem uma experiência de 12 minutos em loop que destaca como toda a vida na Terra está interligada: desde os nossos blocos de construção mais básicos do DNA até as interdependências ecológicas nas florestas, oceanos e cidades e a rede de trilhões de conexões dentro do cérebro humano.

O Gilder Center é o mais abrangente esforço de criação e modernização de espaços educacionais do Museu em décadas, com 18 novas salas de aula, reformadas ou adaptadas, projetadas para atender tanto a necessidades específicas de educação formal quanto famílias e estudantes de educação adulta. Os espaços de última geração incluem: uma zona de Apoio aos Estudos para Ensino Fundamental, apoiada por Josh e Judy Weston, para alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental — incluindo participantes da iniciativa Urban Advantage criada para apoiar escolas públicas da cidade de Nova York; uma zona de Apoio aos Estudos para Ensino Médio, que contará com uma sala de aula para Aprendizagem com Dados e uma para estudos de biologia e química; e uma zona de Preparação para Ensino Superior e a Carreira, com espaços dedicados à promoção de desenvolvimento profissional relacionado a STEM. Os ambientes complementam o trabalho que o Museu já vem fazendo em iniciativas como o Programa de Educação e Emprego do Museu (MEEP), criado para estudantes universitários, e o Programa de Mentoreamento em Pesquisa Científica (SRMP), voltado a estudantes do ensino médio. Espaços adjacentes no complexo atual do Museu incluem a Zona de Aprendizagem Família Michael Vlock, com salas de aula recentemente reformadas para ajudar crianças e famílias, e uma zona de Aprendizagem para Professores reformulada para aproveitar os programas do Museu para o desenvolvimento profissional de educadores e educadoras. Estas salas de aula permitirão ao Museu servir estudantes e professores/as de novas formas alinhadas aos padrões educacionais nacionais, ajudando a promover o ensino de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) de alta qualidade que possa preparar estudantes para trajetórias de sucesso no ensino superior e no mercado de trabalho.

O projeto do Studio Gang para o Gilder Center conecta galerias novas e existentes de forma que destaca os vínculos intelectuais entre diferentes áreas da ciência, com curvas fluidas, recessos, janelas e pontes inspiradas por formações naturais que sugerem exploração, conexão e descoberta. A localização central do Núcleo de Acervos Gerstner — uma estrutura vertical de cinco andares com três andares de exposições mostrando uma variedade de conjuntos e permitindo às pessoas visualizar diretamente os espaços de preparação de acervos –, enfatiza o papel dos acervos científicos como a base a partir da qual se forma o conhecimento científico. As adjacências dos locais e a visibilidade total das salas de aula, dos acervos do Museu e a nova Biblioteca de Pesquisa Gottesman posicionam o aprendizado dentro do contexto da prática científica atual e ilustram como novos conhecimentos científicos são compartilhados e disseminados. Realizado em colaboração com o arquiteto executivo Davis Brody Bond, o Gilder Center cria aproximadamente 30 conexões entre dez edifícios existentes (incluindo os recém-inaugurados Halls de Gemas and Minerais Allison e Roberto Mignone), melhorando muito a circulação de visitantes e eliminando becos sem saída. É um trabalho especialmente importante considerando a importância do campus do Museu, cujo movimento de pessoas chegou a cinco milhões de pessoas por ano no período pré-pandemia e que desempenha um papel importantíssimo na recuperação de Nova York e do retorno do turismo à cidade neste período pós-pandemia.

O Átrio Griffin se abre para o Parque Theodore Roosevelt, criando um novo caminho para visitantes do Central Park West e oferecendo mais um convite às pessoas para explorar tudo o que o Museu tem a oferecer. Uma vez dentro do Átrio, as pessoas se deparam com um espaço em forma de cânion com pontes e aberturas que as conecta — física e visualmente — em múltiplos níveis às novas galerias de exposição, espaços educacionais e acervos, transmitindo uma sensação constante de descoberta. Este espaço, como grande parte do Gilder Center, tem sua base construída com concreto pulverizado diretamente sobre o vergalhão, sem o trabalho tradicional de moldagem. Esta técnica, conhecida como shotcrete (ou “concreto projetado”), foi inventada por Carl Akeley, naturalista e taxidermista do Museu. Uma vez curado, o concreto é acabado à mão, demonstrando a fluidez do material.

A verticalidade do Átrio Griffin também funciona como aspecto chave da sustentabilidade da construção, permitindo a entrada de luz natural e a circulação de ar até o coração do interior do edifício. Grandes claraboias trazem a luz do dia para os locais mais interiores do campus, enquanto a altura permite a introdução de ar-condicionado no nível do solo, reduzindo a demanda de resfriamento.

Museu Americano de História Natural
Divulgação Gilder Center.

A fachada do Gilder Center voltada para Columbus Avenue será revestida com granito rosa Milford — a mesma pedra usada para a entrada do Museu no Central Park West –, conectando as duas laterais do campus do Museu. As pedras são organizadas em painéis tridimensionais que juntos criam uma fachada ondulada. O padrão diagonal evoca tanto as camadas geológicas da Terra quanto a superfície ricamente texturizada e sinuosa da estrutura de alvenaria do Museu que dá para a 77th Street.

O edifício de alto desempenho tem um revestimento de pedra que, juntamente com o design das janelas e o uso da sombra das árvores, ajudará a manter o edifício naturalmente fresco no verão. A paisagem do parque é altamente eficiente em termos de consumo de água, com vegetação adaptativa e um sistema de irrigação que reutiliza as águas pluviais coletadas no prédio.

A elevação traseira (voltada para o leste) é inspirada pelos edifícios adjacentes do Museu, com uma janela alta e central que fornece mais luz natural para o Átrio Griffin. O Museu está buscando certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) Ouro — um símbolo mundialmente reconhecido de sustentabilidade — com uma série de estratégias para reduzir o desperdício e conservar energia.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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