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10 Autoras Inspiradoras para Ler no Dia Internacional das Mulheres

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Autoras Inspiradoras para se inspirar e ler!

Mundialmente, o dia 8 de março celebra-se o Dia Internacional das Mulheres é uma data reservada para conscientizar, festejar, agradecer, respeitar todas as mulheres do mundo e (re)lembrar de autoras inspiradoras. Aliás, você sabia que as mulheres são a maioria entre leitores no mundo? Porém, esse número é bem diferente em relação aos escritores. Felizmente a visibilidade de autoras é vêm finalmente conquistando mais espaço!

Em um mudo (ainda) majoritariamente regido por leis e perspectivas masculinas, a filósofa francesa Simone de Beauvoir tem uma frase célebre que, certamente, nos últimos anos dialogou e ainda dialoga e muito com os acontecimentos do mundo: “basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados”. A mais pura verdade! Para mudar isso, é preciso que o mulheril ocupe todos os espaços, e sejam reconhecidas em todos eles. No âmbito da literatura, separei 10 Autoras Inspiradoras cujos escritos precisam ser lidos e conhecidos por todos. Confira!

Autoras Inspiradoras

10 – Nada mais justo do que começar esta seleção de Autoras Inspiradoras com Laerte! Nome bastante conhecido aqui no Brasil, mas o que nem todo mundo talvez saiba é que Laerte há alguns anos atende pelos pronomes femininos, desde que passou a se reconhecer como mulher. Desde então, seus quadrinhos e tirinhas, antes com personagens um bocado machistas, passaram a refletir as inquietações das mulheres, em especial as mulheres trans. É empoderamento que fala, né!

Autoras Inspiradoras9 – Angie Thomas – Angie Thomas nasceu, foi criada e ainda vive em Jackson, no Mississipi. Quando adolescente, era rapper e sua maior conquista foi ter escrito um artigo sobre si mesma na Right-On Magazine. Seu livro de estreia, “O ódio que você semeia” foi o primeiro a vencer o Walter Dean Meyers Grant, em 2015, na categoria We Need Diverse Books. O romance foi adaptado para o cinema, pela Fox, e chegou ao primeiro lugar da lista do The New York Times na semana do seu lançamento. Suas histórias ganharam o mundo, justamente por trazerem sempre a solução do amor em oposição ao ódio racial.

8 – Eliane Potiguara – Primeira escritora indígena brasileira a publicar um livro físico, ainda nos anos 70, Eliane Potiguara é considerada a avó da literatura dos povos originários no Brasil. Seu livro-totem, “Metade cara, metade máscara” conta, em pormenores, a jornada de sua família, ao mesmo tempo em que mescla estilos literários com personagens de ficção.

7 – Xiran Jay Zhao – Xiran Jay Zhao nasceu em uma pequena cidade da China e cresceu sob influência da internet. Formou-se na Simon Fraser University, no Canadá, onde passou mais tempo do que deveria escrevendo fantasia e ficção científica, e não estudando bioquímica. “Viúva de Ferro”, seu romance de estreia, se tornou best-seller do New York Times na 1a posição. A história mistura distopia com a história da China e uma pitada de ficção científica. Ah! Além de escrever, a autora, de 25 anos, também é cosplayer.

6 – Darcie Little Badger – Escritora estadunidense do povo originário Lipan Apache, cuja cultura e características permeiam suas histórias. Seu livro mais conhecido, “Elatsoe”, mistura horror e terror através de uma protagonista do povo Lipan que tem a habilidade ancestral de despertar o espírito de animais mortos.

Autoras Inspiradoras
Keira Knightley dá vida a escritora Sidonie-Gabrielle Colette cinebiografia

5 – Sidonie-Gabrielle Colette – Escritora e intelectual francesa da virada dos séculos XVIII e XIX. Passou boa parte da vida escrevendo histórias sob o pseudônimo do marido, Henry “Willy” Gauthier-Villars , que recebeu todas as honrarias. Anos mais tarde, decidiu dar um basta tanto na relação conjugal, além de reivindicar seus direitos sobre suas obras.

Filha de um veterano de guerra, Gabrielle como era chamada pela mãe, sempre exalou sexualidade em sua obra, que conquistou o público feminino, facilmente. O romance “Claudine à l’Éole” atraiu a atenção nacional na França pela capacidade do personagem principal de cativar um público jovem e feminino na virada do século XX, se tornando  franquia de produção relacionada aos seus livros e um fenômeno mais que editorial. Aliás, o mais conhecido deles é o livro “Gigi”, que conta uma série de histórias sobre uma jovem parisiense que está sendo preparada para se tornar uma cortesã.

4 – Luize Valente – Escritora e documentarista judia cujos livros trazem bastante da história, da cultura e dos elementos da religião judaica. Nasceu no Rio de Janeiro, de ascendência portuguesa e alemã. Apaixonada, desde sempre, por História, com especial fascínio por temas ligados à história judaica e aos refugiados em tempos de guerra, formou-se em Jornalismo, com pós-graduação em Literatura Brasileira pela PUC/RJ. Luize traçava, assim, o caminho da sua principal vocação: o gênero literário do romance histórico.

Foi em 2012 que Luize mergulhou na escrita ficcional, publicando na Editora Record seu primeiro romance, “O Segredo do Oratório”, é finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2013. O livro foi traduzido e publicado na Holanda pela Nieuw Amsterdam, com o título “De sleutel tot het familiegeheim” (2013).

Em 2017, lança seu terceiro romance, “Sonata em Auschwitz”, que integra a lista de livros mais vendidos no Brasil da revista VEJA, mantendo a posição no top na rede de livrarias Travessa e Timbre. Em janeiro/fevereiro de 2018, alcançou o 2º lugar no top de vendas de livros de ficção em Portugal na rede de livrarias Bertrand, a mais antiga livraria do mundo, e o 1º lugar no top de vendas de livros lusófonos na rede FNAC Portugal. O livro encontra-se vendido também para Itália, França e Albânia.

Em “Sonata em Auschwitz” conhecemos a história de um bebê nascido naquela localidade e também a de uma sonata composta por um oficial alemão. Eventualmente, ambas as histórias se cruzam.

3 – Conceição Evaristo – Uma das maiores escritoras brasileiras da atualidade, cujos livros vêm sendo super estudados nas faculdades, é de origem humilde, migrou para o Rio de Janeiro na década de 70, aonde se graduou em Letras pela UFRJ, além de trabalhar como professora da rede pública de ensino da capital fluminense.

Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade (1996), e Doutora em Literatura Comparada na Universidade Federal Fluminense, com a tese Poemas malungos, cânticos irmãos (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira em confronto com a do angolano Agostinho Neto, Conceição elaborou o conceito de “escrevivência”: a escrita atravessada pela vivência e a experiência única do corpo negro.

“Ponciá Vicêncio” é um de seus livros mais lidos, e conta a história de uma jovem negra que sai sozinha do interior de Minas para São Paulo, com a esperança de conseguir emprego e ajudar a família, mas que acaba presa no universo da limpeza doméstica sem direitos trabalhistas.

2 – Aza Njeri, atualmente é uma das principais intelectuais e pensadoras brasileiras sobre as culturas e literaturas africanas.

Professora doutora em Literaturas Africanas, pós-doutora em Filosofia Africana, pesquisadora de África e Afrodiáspora. Coordenadora de Graduação e Professora do Departamento de Letras PUC-RJ e do Instituto de Pesquisa Pretos Novos-RJ. Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares sobre o Continente Africano e as Afro-diásporas PUC-Rio ainda atua como escritora, roteirista, multiartista, crítica teatral e literária, mãe, podcaster e youtuber.

Além de pesquisadora e professora da PUC, Aza também é ensaísta e poeta, e seu livro de estreia, “Rasgos” está disponível em e-book, oferecendo profunda reflexão sobre a dor da lucidez.

Por fim, encerramos essa seleção de autoras inspiradoras com Trudruá Dorrico. Doutora em Teoria da Literatura na PUCRS, Mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela UNIR, é poeta, escritora, palestrante, pesquisadora de literatura indígena.

Venceu em 1º lugar o concurso Tamoios/FNLIJ/UKA de Novos Escritores Indígenas em 2019. Administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram e do canal no YouTube Literatura Indígena Contemporânea.

A Curadora da I Mostra de Literatura Indígena no Museu do Índio (UFU) é uma pesquisadora de literatura indígena, Trudruá é indígena do povo Makuxi, em Roraima, e colunista do espaço ECOA, do UOL. Além de fazer a literatura dos povos originários circularem no Brasil, Trudruá também é autora, e seu livro de estreia, “Eu sou Macuxi e outras histórias” traz profunda reflexão sobre pertencimento originário e a importância do deus Makunaima para o povo Makuxi.

Janda Montenegro
Janda Montenegro
Escritora, roteirista, mestranda em Literatura Brasileira pela UFRJ, crítica de cinema, tradutora e revisora.

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